Ljubomir Stanisic mantém-se firme no protesto do movimento 'A Pão e Água', organizado pelos profissionais de hotelaria e restauração. O pequeno grupo de empresários tem estado acampado em frente à Assembleia da República e continua a fazer greve de fome, à chuva e ao frio.
"Sinto-me com muita fome, sinto quebras de tensão gigantes, já tivemos todos quebras emocionais, mas no fundo sinto-me cheio de força", afirmou ao 'Público' no fim de semana passado. "Isto não abala ninguém. Já estive na Jugoslávia na guerra a passar muita fome e não é esta que me vai mandar abaixo", acrescentou.
Este não é de todo um cenário desconhecido para o chef jugoslavo, que viveu a dura realidade da guerra da Bósnia durante a juventude. Ljubomir chegou mesmo a participar na guerra, com apenas 13 anos. E lembra-se bem de ter passado fome. "Chamam-me o rapaz batata porque durante ano e meio só comi batata, não havia mais nada", recordou no passado.
Exigências não são ouvidas
Entretanto, Francisco Rodrigues dos Santos, o líder do CDS, marcou presença na manifestação. Ljubomir não contestou a visita de 'Chicão', mas fez questão de lhe dizer que "não falasse lá dentro de questões políticas".
Ljubomir e os seus companheiros do movimento exigem ser recebidos pelo ministro da Economia, Pedro Siza Vieira.
O grupo, composto por oito homens e uma mulher, está a lutar pela redução ou isenção de taxas como o IVA ou a TSU e exigem um apoio à hotelaria semelhante ao já anunciado para a restauração.
