
Foi no dia 29 de junho de 1978, que a princesa Carolina do Mónaco, enfrentando a oposição dos pais, a princesa Grace Kelly e o príncipe Rainier, casou com Philippe Junot. Apenas dois anos depois, o divórcio foi decretado por um tribunal monegasco.
Assim, a 9 de outubro de 1980, a princesa monegasca era, de novo, uma mulher livre. Só que para poder casar com Stefano Casiraghi, esse sim, o grande amor da sua vida, Carolina deu entrada no Vaticano com um pedido de anulação do primeiro casamento.
O processo foi longo. Só 11 anos mais tarde é que o Papa João Paulo II aceitou o pedido e anulou essa primeira união religiosa. Contudo, diga-se que esta demora não impediu que Carolina da Mónaco se casasse com Stefano Casiraghi, em 1983.
Tantos anos depois, esta anulação do casamento continua envolta em grande mistério. O que terá feito com que João Paulo II assinasse o pedido? Apesar de várias investigações, nunca foram reveladas as razões que levaram ao cancelamento do casamento.
O que é ainda mais de estranhar é que a Igreja não cancela tecnicamente nenhum casamento, mas pode reconhecer a sua nulidade com base no direito canónico. "Falta de liberdade" ou "incapacidade, por razões psicológicas ou físicas, de assumir as obrigações essenciais do casamento", são alguns dos motivos.
Como Stefano morreu [3 de outubro de 1990] antes da anulação do casamento de Carolina, o casal nunca pode subir ao altar, mas os seus três filhos (Andrea, Charlotte e Pierre) foram reconhecidos como legítimos pela Igreja Católica, em 1993, pelo papa João Paulo II.