
São os irmãos mais famosos da atualidade em Portugal: João e Francisco Monteiro. O primeiro foi campeão nacional de ténis e é namorado de Cristina Ferreira, o segundo foi o vencedor do 'Big Brother 2023' e é atual concorrente do 'Desafio Final', na TVI... de Cristina Ferreira. O que nenhum revelou até hoje é possuem o sobrenome Amorim, esse mesmo, da histórica e milionária família portuguesa.
É que o namorado de Cristina e o irmão são herdeiros de parte da fortuna da família Amorim. Como? Então... Maria de Lourdes Amorim é então a mãe de Maria Adriana Faria, mãe dos dois irmãos, o que pela árvore genealógica faz com Francisco e João sejam primos em 3.º grau da milionária Paula Amorim, a mulher mais poderosa do País.
Segundo a Forbes, em 2023, a fortuna da família, que teve início no negócio da cortiça, hoje Corticeira Amorim, ascende a 4,3 mil milhões de euros à data de avaliação, colocando-a entre as 500 maiores fortunas do mundo. E agora pergunta-se: mas em que área de negócio se enquadra a família direta de João Monteiro? Para isso teremos que viajar até ao Norte.
Em 1919, José Alves de Amorim – bisavô do namorado de Cristina –, juntamente com dois sócios, fundou a Amorim Lage & Soares, Lda. A partir de 1931, a empresa passa a ser detida em partes iguais pela família Amorim e Lage. E aí começou a primeira geração daquele que viria a ser um "grupo industrial de sucesso no setor das indústrias de moagem e massas", lê-se no site da Cerealis.
E é desta forma surge a empresa que hoje detém marcas como a Milaneza e a Nacional. Uma empresa que nasceu em 1919 e que sempre foi dirigida pela família Amorim, mais concretamente a linha direta de João e Francisco Monteiro. Em 1939, o tio-avô dos "manos", José Eduardo Alves Amorim, torna-se gerente, mas a avó continua a ser acionista deste império. "Transportava consigo o poder acionista das irmãs, representado pelos respetivos maridos, também eles a quererem intervir na Amorim", conta-se na biografia oficial Amorim, História de uma Família (1870-1997).
Depois de 102 anos de história na família de João e Francisco, a Cerealis foi vendida em 2021, da qual são também herdeiros. Nunca foi revelado o valor a que foi vendida, mas garantem que "não foi a preço de saldos". Nos últimos dados apresentados, a empresa fechou 2019 com uma faturação de 210 milhões de euros.
A família fechou também em 2018 a venda do Convento do Beato, em Lisboa – que estava nas suas mãos desde 1999, quando compraram a marca Nacional –, que foi adquirido por um grupo familiar suíço. Nunca foram divulgados os valores da negociação.
Prova desta ligação é que, no ano em que João Monteiro se sagrou campeão nacional de ténis, em 2018, o atleta foi patrocinado pela marca Milaneza, que na altura pertencia à família Amorim.