
O que mais estará reservado a Letizia? A rainha de Espanha nunca pensou ter a sua dignidade, honra e reputação posta em causa. Sobre si recaem duras e pesadas suspeitas. Hoje, após as revelações feitas por Jaime del Burgo, ex-cunhado e suposto amante, serão poucos os espanhóis que consideram que a ex-jornalista mantém intacta a verticalidade, lisura e honestidade que eram das características mais apreciadas da sua personalidade. A mulher de Felipe VI, que está a ser acusada de ter sido infiel ao marido, caiu com estrondo e, muito dificilmente, voltará a ser quem era. Será quase impossível que se volte a olhar com admiração para a rainha consorte como se olhava. Uma plebeia que se impôs na corte e aos Borbón pela sua integridade. Há uma mancha a ensombrar para sempre o seu nome.
E se as acusações de traição conjugal não fossem, só por si, suficientemente arrasadoras para alguém da sua posição, Letizia enfrenta novas imputações. Será a responsável maior da morte da irmã mais nova, Érika Ortiz, que se suicidou em 2007. Primeiro, foi David Rocasolano que no polémico livro que escreveu sobre a prima chamado 'Adeus, Princesa' traça uma imagem pouco abonatória da antiga jornalista. A parte mais polémica e mais dura desta obra corresponde à parte do suicídio da filha mais nova de Paloma Rocasolano e Jesúz Ortiz. Garante o autor que esteve com a prima uns dias antes da sua morte e que esta lhe confessou que "já não aguentava mais". Ao que parece, Letizia seria tão controladora que estava constantemente a ligar às irmãs (Telma e Érika) para que não se deixassem "apanhar" em público pelos fotógrafos. Vivia obcecada que a família a pudesse envergonhar perante a família do marido e, sobretudo, perante o país.
A "BOMBA" LANÇADA POR JAIME PEÑAFIEL
Depois de Rocasolano, também Jaime Peñafiel, o cronista que é tido como o maior "inimigo" de Letizia, vem atestar que a rainha tem um feitio muito controlador. Tão controlador que acabou por deteriorar a sua relação com as irmãs. Diz o jornalista e especialista em assuntos da realeza que enquanto Telma Ortiz não ligava ao "histerismo" de Letizia, já a mais nova das três irmãs não era capaz de lhe responder à altura, era muito mais sensível e deixava-se envolver emocionalmente pela pressão repetida da irmã mais velha. "Sempre que Telma e Érika apareciam nas revistas 'del corazón’ era garantido que recebiam de imediato uma chamada histérica e controladora de Letizia", afiançou Peñafiel para complementar: "Com Telma mantinha em público uma falsa cordialidade. Mas, no fundo, não se podiam nem ver. A diferença para Érika é que esta nunca teve coragem de enfrentar a irmã."
O escritor – que há poucos meses lançou o livro bomba ‘Letizia y Yo’ e que é o início do fim da rainha – fala ainda na relação supostamente inexistente entre a ex-jornalista e a sobrinha Carla Vigo, única filha de Érika que no fatídico 7 de fevereiro de 2007 tinha apenas sete anos: "A sobrinha é uma dor de cabeça para a consorte. Trata-se da filha da irmã Érika, encontrada morta aos 31 anos, na manhã de 7 de fevereiro de 2007, no apartamento de Letizia. Foi um suicídio por ingestão massiva de barbitúricos". Avança Jaime Peñafiel: "Sentirá Letizia tanto orgulho da sobrinha quanto Érika teria se ainda fosse viva? Não se sabe que tipo de relacionamento a jovem mantém com a tia e com as primas. Não há fotografias que mostrem uma relação mínima." O cronista real faz ainda questão de esclarecer a importância que Letizia dá à sobrinha órfã: "Quanto à sobrinha Carla, Letizia não se importa minimamente com ela. Está-se a marimbar. Acho que hoje em dia, a rainha só se preocupa com as filhas, Leonor e Sofia, principalmente com Leonor." Isto foi escrito por Peñafiel em abril de 2021. Quase dois anos volvidos não retira uma vírgula ao que disse. Pelo contrário, reforça a sua opinião sendo ainda mais duro com a mulher de Felipe VI a quem nunca se refere como rainha, mas apenas e só como "consorte".
OS ÓVULOS SÃO DE ÉRIKA?
Mas se no passado (recente) o jornalista, que é amigo chegado do rei emérito Juan Carlos, havia colocado a responsabilidade da morte de Érika nas mãos de Letizia pela suposta pressão que exerceu sobre a irmã, agora o especialista em assuntos da monarquia vai mais longe. É implacável com a ex-jornalista e não tem dúvidas de que ela é a principal culpada pelo que aconteceu com a mais nova das filhas de Paloma Rocasolano e Jesús Ortiz. Numa entrevista concedida a semana passada a um canal de Youtube, 'La Reunión Secreta', Peñafiel atira sem meias-palavras: "Recebo muitas chamadas e tenho uma fonte fiável, infelizmente é fiável... dizem as minhas fontes que Letizia tinha problemas para engravidar. Eu sei, por outras fontes, que ela ia a Valência para se tratar de problemas genéticos", começa por revelar o decano jornalista que chegou a ser chefe de redação da revista 'Hola', a publicação mais "amiga" da família real.
Continuou Jaime Peñafiel, que com estas afirmações acabou despedido do jornal ‘El Mundo’, além de pôr em risco a sua carreira de tantos anos e a sua reputação: "Segundo as minhas fontes, a sua irmã Erika cedeu os seus óvulos a Letizia para que esta pudesse engravidar. Não é mau, nem estranho, nem criticável", frisou guardando o pior para o fim: "Ao que parece, e por isso Erika tinha uma paixão pelas filhas de Letizia, porque eram suas meias filhas. Tanta era a paixão de Erika que a rainha a proibiu de ir à Zarzuela e ficar perto das meninas. E esse foi o motivo que levou Erika a suicidar-se. É isso que me dizem as minhas fontes", afiança Peñafiel.
CARLA VIGO QUER QUE A TIA REAJA ÀS ACUSAÇÕES
Estas declarações, que geraram uma onda de indignação em Espanha, estão a chocar e a fazer sofrer Carla Vigo, que é definida como a "sobrinha abandonada" da rainha. A jovem de 23 anos começou por se mostrar profundamente revoltada com o facto de Jaime Peñafiel ter usado o nome da sua falecida mãe para ganhar repercussão e conseguir ganhar ainda mais dinheiro através da venda do seu livro, o tal da "bomba". De seguida, exigiu respostas diretas ao Palácio da Zarzuela. Quer que a família real reaja publicamente às declarações do cronista, especialmente as que envolvem o nome de Érika. Se há coisas para desmentir, então, que seja desmentido. Espera que as palavras de Peñafiel não caiam em saco roto se não corresponderem à verdade. Carla Vigo lembra que a mãe já não se pode defender. Por isso, pretende que seja a tia que se chegue à frente para defender a honra de Érika.
De facto, Letizia terá uma relação distante com a sobrinha. Ela, a rainha, que sempre exigiu aos membros da sua família silêncio absoluto e que nunca falassem com a imprensa, foi simplesmente ignorada por Carla Vigo e, essa, será a razão para uma ligação fria entre tia e sobrinha. A jovem, que quer fazer carreira no mundo artístico como atriz, gosta [ou gostava] de ser o centro de todas as atenções mediáticas. Além disso, assumiu ser bissexual e fala abertamente sobre saúde mental, assuntos que deixam a tia com os nervos em franja.
Mas de escândalo em escândalo, a última coisa que se sabia de Carla Vigo é que teve de ser internada de urgência no passado mês de agosto. Letizia nunca foi ver a sobrinha ao hospital. Apenas o pai da jovem e os avós maternos, Jesús Ortiz e Paloma Rocasolano, visitaram a jovem. Depois deste internamento, a filha de Érika Ortiz "regressou" à vida social, mas muito mais calma e discreta. Tão ao gosto da rainha.