O que aconteceu? Onde está? Qual a razão para nunca mais ter sido vista em público? Estas são as questões que continuam sem resposta desde dezembro 2017, ano em que a princesa Lalla Salma foi vista pela última vez. A inauguração do Museu Yves Saint Laurent, em Marraquexe, marcou o último dia em que ainda desempenhou o seu papel de primeira-dama de Marrocos. Desde então desapareceu e estará em destino incerto. Nestes mais de cinco anos o mistério sobre o paradeiro da mulher do rei Mohamed VI de Marrocos continua em aberto e os rumores sobre o que poderá ter acontecido à bonita ruiva não cessam.
Entre as muitas teorias que circulam pelo mundo há uma em que se diz que a princesa foi vista em Portofino, na Itália. O que não deixa de ser curioso é que essa suposta "testemunha" é um jornalista marroquino. Além dele, não houve mais ninguém a relatar outros presumíveis avistamentos. Há também quem garanta que Lalla Salma estará trancada no palácio real de Rabat. Sem acesso ao exterior e limitada a conviver apenas com um reduzido número de pessoas. Todas elas da maior confiança do rei. Outra teoria é que viverá exilada na Grécia e, segundo os meios de comunicação gregos, terá comprado a ilha de Kea, avaliada em cerca de 3,8 milhões de euros.
UM DIVÓRCIO POR CONFIRMAR
Como se vê, as suposições são muitas mas confirmações ou certezas não existem nem nunca foram dadas ao longo dos anos da sua ausência. E assim, o mistério persiste. Como persiste a incerteza quanto a um possível divórcio. Em março 2018, portanto três meses após a princesa ter sido vista em público pela última vez, vários jornais internacionais avançavam com a notícia de que o rei Mohamed VI iria decretar o divórcio. Verdade ou mentira (pois também sobre assunto assunto não houve uma confirmação oficial) o que é certo é que os marroquinos rejubilaram.
A população de Marrocos vibrou com o suposto divórcio, pois Lalla Salma nunca conseguiu reunir consenso entre os súbditos por ser considerada demasiado bonita e excessivamente ocidentalizada para as tradições daquele país muçulmano. De pele branca, cabelo ruivo e olhos azuis, a mulher do rei destacava-se pela sua beleza. Além disso, o seu guarda-roupa era marcadamente ocidental. Demasiado ocidental para os gostos marroquinos. Raras vezes era vista em público com a tradicional 'hiyab', algo que não agradava, naturalmente, à ala mais conservadora do país.
Lalla Salma era exatamente o oposto da sua sogra, mãe do rei Mohamed, que nunca foi vista em público e que nem se quer se sabe se ainda é viva. Correm rumores de que viverá em Paris, mas sobre isso também não há certezas. Portanto, o desaparecimento da princesa acabou por não marcar negativamente o povo. A maioria dos marroquinos não sentiu sequer a sua falta. Pelo contrário, ficou até aliviado por ela ter desaparecido sem deixar rasto. E seja o que for que tenha acontecido, não ocorreu a ninguém questionar o rei sobre o paradeiro da mulher. A CURIOSIDADE DO MUNDO OCIDENTAL Contudo, em 2019, quando a atenção do mundo ocidental se virava para Marrocos, surgiram notícias de que a princesa teria sido vista em Rabat numa visita surpresa ao
A CURIOSIDADE DO MUNDO OCIDENTAL
Apesar de todos estes desmentidos e tentativas de calar as bocas do mundo, ninguém ligado a Mohammed consegue explicar a razão para que a princesa tenha deixado de um dia para o outro de assumir os seus muitos compromissos públicos. Inclusivamente no estrangeiro onde, por diversas vezes, chegou mesmo a representar o marido, como aconteceu, por exemplo, no casamento de William e Kate Middleton, os atuais príncipes de Gales, em 2011; o casamento do grão-duque herdeiro Guillaume e Stéphanie do Luxemburgo; ou ainda a coroação do rei Willem-Alexander dos Países Baixos, em 2013.
ROMPER TRADIÇÕES
Como é que Salma Bennani, nome de solteira, chegou à realeza marroquina? De facto, foi uma ascensão surpreendente, já que as suas origens são da classe média. Estudou engenharia informática na universidade de Rabat. O seu destino cruzou-se com o do príncipe herdeiro em 1999, quando foram apresentados numa festa. Apaixonaram-se e casaram três anos depois.Anunciaram o noivado (sadaq) no dia 12 de outubro de 2001 e celebraram o casamento (zafaf) a 21 de março de 2002 numa cerimónia privada no Palácio Real de Rabat com a presença de membros da família real marroquina. Esta união acabou por revolucionar a tradição marroquina, já que Salma foi a primeira mulher de um rei marroquino a ser proclamada princesa ou alteza real. Além disso, foi também a primeira a ser vista em público e fotografada. O casal teve dois filhos, o príncipe herdeiro Moulay Hassan, de 19 anos, e a princesa Lalla Khadija, de 16.
