
Não há dúvida: a pandemia estragou as férias de verão dos principais protagonistas da política nacional – O Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa, de 72 anos, e o primeiro ministro socialista António Costa, de 60.
E se Costa ainda conseguiu tirar uns dias, poucos, para estar com a mulher, Fernanda Tadeu, na praia do Vale Centeanes, no Carvoeiro, em Lagoa, no Algarve, Marcelo andou num vai e vem pela A2 para passar uma, no máximo duas noites na Quinta do Lago, em Almancil, concelho de Loulé, na mesma região a Sul, e ir, num pulinho, matar saudades da sua palhota e da espreguiçadeira da praxe na praia do Gigi. A culpa? É da Covid-19.
O Presidente da República tinha também prometido que este ano iria fazer, na pele de peregrino, um dos célebres Caminhos de Santiago, um daqueles que começa do lado de Portugal, claro, que nestas coisas há que ser patriótico. Mas não teve sorte com os planos.
A iniciativa de fé de Marcelo chegou a ser anunciada em maio último, aquando da visita ao Palácio de Belém, em Lisboa, do presidente da Junta da Galiza, Alberto Núñez Feijó. O nosso Chefe de Estado achou mesmo que a romaria à Galiza era uma boa ideia e fazia sentido. E estava empenhado em levá-la a bom porto, mesmo que isso lhe custasse umas valentes dores nos joanetes e quem sabe uns pés inchados. É que em 2021 e 2022 está-se a celebrar o Ano Xacobeo (ou Jacobeu), que, pela primeira vez, especialmente, os festejos vão-se estender por duas voltas no calendário… E tudo, uma vez mais, por culpa da maldita pandemia.
Só que na balança entre a fé e a ciência, Marcelo sucumbiu aos benefícios da segunda, depois de ter percebido que para combater o vírus não bastava rezar muito que a cura chega. Uma vez mais, a culpa era da Covid-19. E também dos portugueses que, a banhos nos areais a Sul e a gozar o sol quentinho do Algarve, começaram a relaxar na vacinação, em especial nas doses dos filhos adolescentes, em particular na dos em idade escolar.
Marcelo, que já assumiu que, se alguma coisa correr mal na guerra ao coronavírus, a culpa será sua, uniu esforços com o homem que comanda a batalha contra a Covid-19, e começou a fazer aparições e apelos em centros de vacinação, de Norte a Sul, ao lado do vice-almirante Gouveia e Melo, o "marinheiro" que em Portugal o maior inimigo do vírus global e que criou e oleou a gigantesca máquina de vacinação lusitana.
O PRIMEIRO MINISTRO "CAIXEIRO VIAJANTE"
Enquanto Marcelo ciranda numa azáfama por Portugal, num apelo desesperado aos benefícios da pica, António Costa gozava uns dias de descanso à beira mar com a mulher, a ex-professora Fernanda Tadeu. Mas não se pense que Costa pára muito tempo pelas bandas do Carvoeiro, na costa algarvia (estava habituado a lá ficar 15 dias de papo para o ar). Nã, nã, nã! Se aparece nos blocos noticiosos de fato e gravata é porque faz piscinas do Algarve até à capital, para mostrar que também está na retaguarda da luta à pandemia, e em especial a tratar dos fundos da bazuca europeia que estão a chegar, a conta-gotas, a Portugal, por estas semanas.
E quem sofre com tudo isto? As mulheres. Sim, Rita Amaral Cabral, a eterna namorada de Marcelo, vê-se assim privada da única semana anual em que está 24 horas por dia ao lado do amado, na mesma casa.
Já Fernanda Tadeu, com um marido na casa de férias que mais parece um caixeiro-viajante do século passado, tal é o entra e sai, o chega e parte, terá ocupado os dias de estio algarvio para ultimar com a filha, Catarina, os preparativos do casamento desta, que, acredita a família, finalmente deverá acontecer este ano, no mês de setembro. E deverá voltar a ter os mesmos 280 convidados que tanto deram que falar, pelas más línguas adeptas do confinamento à bruta, há exatamente um ano.
A MICRO-MINI-NANO ESCAPADELAS DE MARCELO
O Palácio de Belém confidencia à FLASH! que o Presidente Marcelo, este ano, se irá vingar num fim de semana prolongado (que loucura!) de três ou quatro dias no Algarve, no final de agosto (ou seja, no que começa este sábado, dia 28), na morada da Quinta do Lago, onde costuma pernoitar, que percorrerá de chinelos, calção e panamá o passadiço e dará uma saltada rápida ao restaurante do amigo Gigi, na companhia de Rita Cabral.
Depois dos "compromissos encadeados", como o Chefe de Estado já lhes chamou, tudo poderá acontecer na frenética agenda de Marcelo, à imagem e semelhança da sua personalidade. A decisão de onde ir será tomada "em cima da hora" e as mini-escapadelas presidenciais podem acontecer onde calhar: na capital, numa fugida ao Algarve ou até "a fazer vindimas no Douro". A prova de que aos 72 anos, quase a fazer 73 (12 de dezembro), Marcelo continua movido a pilhas, tal como coelhinho do anúncio da Duracell, e não consegue descansar. E a culpa? Então, a culpa é da pandemia!