Tony Carreira luta desde o dia que perdeu a filha - 5 de dezembro de 2020 - para saber o que realmente aconteceu naquele fatídico final de tarde.
Durante os primeiros meses, o cantor sofreu sem poder ter acesso a informações sobre a investigação por, numa fase inicial, não se ter constituído assistente no processo. Agora - que o processo já não está em segredo de justiça -, sabe-se que a a 16 de março deu entrada no Tribunal de Santarém o requerimento em que o advogado de Tony pediu para que o seu cliente fosse então constituído assistente.
A partir do momento em que este pedido foi aceite, o artista fez, juntamente com a ex-mulher, Fernanda Antunes, vários pedidos.
Requereu "a apreensão da fita do tempo, permitindo a visualização de todos os eventos ocorridos na central de controlo operacional da concessionária responsável pela autoestrada (a Brisa)", "a apreensão dos veículos envolvidos no acidente à ordem do processo, garantindo que os mesmos não sejam alterados e possam ser reanalisados no âmbito do processo" e também "a apreensão das imagens do canal de televisão CMTV", por se ver de forma clara o estado das viaturas após o fatal acidente.
Nenhum destes três pedidos do cantor foi aceite pelo Ministério Público.
Em julho, também em conjunto com a ex-mulher, Tony Carreira requereu "a aceleração processual e que o OPC [Orgão de Polícia Criminal] responsável possa ser instado a prestar esclarecimentos aos autos para a demora nas diligências de recolhimento de prova que tem a seu cargo de respetivo relatório." O artista alegou também que a demora de respostas e da investigação lhe tem "causado níveis de ansiedade, nervosismo, tristeza e amargura". O advogado de Tony afirma também que "se desconhece, a esta data, o impacto que a situação teve/pode ter tido no enfarte do miocárdio que o pai da vítima sofreu".
O tribunal voltou a recusar este pedido do cantor, justificando que estes não cumpriram os prazos legais.
Nas redes sociais, Tony Carreira mostrou a sua indignação perante a falta de respostas passado um ano da tragédia que abalou a sua família. "Há uns meses atrás desloquei-me ao Tribunal de Santarém e tentei falar com a Exma. Sra. Procuradora que recusou receber-me, tendo apenas aceite receber o meu advogado. Queria pedir-lhe que levantasse o segredo de justiça porque me vedava em muitos aspetos o acesso à investigação em curso", lê-se, continuando: "Enquanto Pai estou há 1 ano sem saber o que aconteceu. A ser verdade que a comunicação social tem acesso a mais detalhes do que eu enquanto Pai, então fica a nu que a justiça portuguesa está doente e dá cada vez mais motivos a todos os que não acreditam nela." E AINDA... A AUSÊNCIA DE RESPOSTAS DE IVO LUCAS No processo é possível ter acesso ao depoimento de Tony Carreira onde este também garante que Ivo Lucas em nada o esclareceu sobre o que aconteceu no dia em que perdeu a filha: "Perguntado se Ivo Lucas lhe apresentou alguma versão dos factos, respondeu que não, tiveram apenas uma ou outra conversa solta e este apenas refere que foi tudo muito estranho. Perguntado qual a atividade profissional de Ivo Lucas e se tinha laborado no dia em causa, respondeu que desconhece."
E AINDA... A AUSÊNCIA DE RESPOSTAS DE IVO LUCAS
No processo é possível ter acesso ao depoimento de Tony Carreira onde este também garante que Ivo Lucas em nada o esclareceu sobre o que aconteceu no dia em que perdeu a filha: "Perguntado se Ivo Lucas lhe apresentou alguma versão dos factos, respondeu que não, tiveram apenas uma ou outra conversa solta e este apenas refere que foi tudo muito estranho. Perguntado qual a atividade profissional de Ivo Lucas e se tinha laborado no dia em causa, respondeu que desconhece."
A verdade é que no seu testemunho, o ator de 'Amor Amor' diz pouco ou nada se lembrar da sucessão de acontecimentos no dia do desastre. Diz que estava "a chover um pouco" e que estava a conversa com a namorada "e a Sara diz 'cuidado' no momento em que o arguido vê o vulto de um veículo à sua frente". Ivo Lucas diz que depois disso só se recorda de "se encontrar de pé, fora do veículo em plena autoestrada. Refere ainda que quando pensa no sucedido possui três memórias curtas sobre o acidente, que inicialmente sente o movimento do próprio veículo, depois o raspar e por último encontrar-se já fora do veículo". O também cantor garante que, até hoje, não tem explicação para o facto de estar de tronco nu quando foi encontrado.
Ivo Lucas diz que depois disso só se recorda de "se encontrar de pé, fora do veículo em plena autoestrada. Refere ainda que quando pensa no sucedido possui três memórias curtas sobre o acidente, que inicialmente sente o movimento do próprio veículo, depois o raspar e por último encontrar-se já fora do veículo". O também cantor garante que, até hoje, não tem explicação para o facto de estar de tronco nu quando foi encontrado.
TONY FOI DAS ÚLTIMAS PESSOAS A FALAR COM A FILHA Ivo Lucas afirma que os dois pararam numa estação de serviço na viagem de regresso a Lisboa e recorda que Sara Carreira fez dois telefonemas ao longo deste percurso: um ao pai e o outro à melhor amiga, Bárbara Bandeira, tornando assim Tony Carreira numa das últimas pessoas que falou com a vítima. Já no seu testemunho, Tony Carreira afirma que desconhecia o porquê da filha ter feito uma viagem num momento em que vigoravam restrições de circulação entre concelhos, devido à pandemia. O cantor afirmou desconhecer "se a viagem poderia prender-se com uma reunião com um fabricante de roupa e se a viagem e o seu motivo poderiam ter influenciado o estado de ânimo do condutor, Ivo Lucas."
TONY FOI DAS ÚLTIMAS PESSOAS A FALAR COM A FILHA
Ivo Lucas afirma que os dois pararam numa estação de serviço na viagem de regresso a Lisboa e recorda que Sara Carreira fez dois telefonemas ao longo deste percurso: um ao pai e o outro à melhor amiga, Bárbara Bandeira, tornando assim Tony Carreira numa das últimas pessoas que falou com a vítima.
Já no seu testemunho, Tony Carreira afirma que desconhecia o porquê da filha ter feito uma viagem num momento em que vigoravam restrições de circulação entre concelhos, devido à pandemia. O cantor afirmou desconhecer "se a viagem poderia prender-se com uma reunião com um fabricante de roupa e se a viagem e o seu motivo poderiam ter influenciado o estado de ânimo do condutor, Ivo Lucas."
Em março, quando foi ouvido, Ivo disse que estava "ainda em recuperação", a receber "apoio psicológico" e referindo que "após o acidente, se isolou, não tendo ainda conseguido superar o trauma". Até à data sabe-se que apenas Tiago Pacheco, o condutor do quarto carro envolvido, requereu através do seu advogado, a abertura de instrução. Os restantes arguidos - incluindo Ivo Lucas - poderão fazê-lo até ao dia 11 de janeiro. Depois desta data, o juiz terá quatro meses para comunicar se o caso segue para julgamento.
