
Nas redes sociais, Vítor Baía tenta passar a imagem de felicidade e harmonia, mas as notícias que têm vindo a público não são as mais animadoras para o antigo guarda-redes do FC Porto, que durante anos ligado à direção de Pinto da Costa, fica agora sem trabalho, com fortes encargos e um futuro que se prevê incerto pela frente.
De acordo com o Correio da Manhã, enquanto administrador da SAD Vítor Baía deixou um cartão de crédito com um passivo de cinquenta mil euros que o ex-presidente assumiu no encontro de contas. A publicação adianta mesmo que terá sido com este cartão que o ex-futebolista terá financiado o batizado dos filhos mais novos, que decorreu no último verão.
Indignado, Baía negou as dívidas, mas a verdade é que têm sido muitas, ao longo dos últimos anos, as notícias que dão conta de uma situação de sufoco financeiro da antiga estrela do futebol nacional, que na sua conta de Instagram reagiu partilhando o trabalho solidário que tem desenvolvido através da Fundação que criou em nome próprio.
"Num mundo cada vez mais cruel, maldoso, em que os valores e princípios estão cada vez mais alterados, onde impera a mentira e a falta de respeito e retidão, ações como estas enchem-me o coração! Esta tarde na Legião da Boa Vontade foi maravilhosa. Incrível sentir o amor e carinho destas crianças. Comemoramos 20 anos da Fundação Vítor Baía. Não me canso de dizer que esta foi a defesa da minha vida! Mais de 14.000 crianças ajudadas entre 160 instituições espalhadas por 16 distritos", escreveu, mostrando que se tem dedicado a este trabalho depois de ter saído do FC Porto.
Mas este é apenas um lado da moeda. O outro será mais desafiante, uma vez que é baseado numa incerteza. Em aberto está o que fará Vítor Baía sem o ordenado de 15 mil euros brutos que recebia do clube, principalmente quando a par das despesas com casas carros e cinco filhos, fruto de três relacionamentos diferentes, haverá dívidas para saldar.
Em 2022, notícias davam conta que Baía tinha visto o seu salário penhorado para pagar uma dívida de 5,4 milhões de euros relativa à empresa Parvalorem, que ficou com os ativos tóxicos do BPN. O Correio da Manhã noticiava então que, do ordenado, parte tinha sido penhorada, sendo que o ex-jogador tinha ficado com um vencimento de 1995 euros, equivalente a três salários mínimos.
No final ano passado, novos dados mostravam que os problemas financeiros ainda não estavam solucionados com o Estado a ordenar que o prémio de 280 mil euros recebido do FC Porto fosse penhorado na totalidade para pagar a mesma dívida.
Na altura, fontes ligadas ao antigo guarda-redes davam conta de que este estava a ultimar um acordo com o Estado para o pagamento da dívida, não havendo desde então mais notícias sobre qual é a atual situação do ex-futebolista.
No entanto, agora a situação complica-se, necessariamente, com a saída de Baía da estrutura diretiva dos Dragões, com o futuro a revelar-se incerto.
A UNIÃO ESTÁVEL COM ANDREIA SANTOS
No meio da instabilidade, Vítor Baía tem na mulher, a nutricionista Andreia Santos, um grande apoio. Os dois vivem uma união estável há vários anos vive há vários anos e estão, inclusivamente, noivos. O casal tem dois filhos em comum, mas o antigo guarda-redes é ainda pai de mais três filhos, dois deles maiores de idade, fruto do primeiro casamento com Xana Almeida, e de Afonso, da união com Elisabete Carvalho.
Com Andreia Santos, o ex-jogador tem vivido uma relação tranquila e longe de polémicas, sendo que em 2020 decidiu surpreender a nutricionista com um pedido de casamento.
A grande festa ainda não aconteceu, mas no verão do ano passado o casal viveu um momento emotivo ao batizar os filhos, numa cerimónia intimista. No entanto, também esse momento está agora envolto em polémica com as notícias a darem conta que a festa terá sido paga com o dinheiro do FC Porto.
Em comunicado, o ex-guarda-redes mostrou-se revoltado, garantindo que não deixou qualquer passivo no clube. "Não deixei qualquer cartão de crédito com passivo, muito menos da absurda quantia de € 50.000,00; Nunca custeei qualquer festa ou batizado com o cartão do clube", afirmou aquele que, ao longo dos últimos anos, se transformou numa espécie de braço direito de Pinto da Costa.
Visto como o último fiel, Baía esteve ao lado do antigo presidente portista quando muitos lhe viraram costas e, na noite da derrota eleitoral, deu a cara pelo dirigente para assumir o desaire. Agora, enfrenta um futuro longe do clube e sem os 15 mil euros mensais que eram um forte suporte para sustentar a sua vida e da família.