
Carolina do Mónaco nasceu para ser a princesa regente do Mónaco. Não fosse a vigência da lei sálica, que no seu país dá aos homens a precedência sobre as mulheres na sucessão ao trono, e seria ela que hoje ocuparia o mais alto posto da monarquia monegasca e não o seu irmão, o príncipe Alberto, nascido depois de si. Ainda assim, a filha mais velha de Rainier e de Grace Kelly teve uma educação digna de uma futura rainha (mesmo que não existem reis e rainhas no Mónaco). Apesar de ser filha de uma plebeia, Carolina é a mais princesa de todas as princesas europeias, garantem os especialistas em realeza, rendidos ao carisma da princesa. Nenhuma tem a sua atitude, a sua educação e a sua postura real. A somar a tudo isto, sempre foi considerada uma das mulheres mais bonitas de todas as cabeças coroadas.
Ainda hoje, aos 65 anos de idade, mãe de quatro filhos e avó de sete netos, a irmã de Alberto II do Mónaco continua a ser uma mulher que exibe uma beleza intemporal e serena. Durante décadas esteve nas capas das revistas mais conceituadas do mundo inteiro, foi uma das protagonistas principais das décadas de 80, 90 e início do novo século. Retirou-se, por vontade própria, das luzes da ribalta para que o irmão e a cunhada, a princesa Charlene - que casaram no dia 2 de Julho de 2011 - brilhassem por si. Mas os monegascos não aceitam que se retire. Para eles, ela é a digna sucessora da tão amada Grace Kelly. Eles querem-na sempre por perto. Mas essa vontade não é exclusiva do povo. Também a família, até aqueles com quem Carolina já teve algumas desavenças, como é o caso da sua irmã mais nova, Stephanie, exigem a sua presença. Ela é baluarte dos Grimaldi. O porto seguro de uma família marcada por muitos escândalos e outras tantas tragédias.
A LIGAÇÃO COM O IRMÃO, ALBERTO Mas como é que a princesa, que foi tão rebelde na sua juventude, conseguiu alcançar o estatuto e a admiração que hoje reúne? Vamos rever os momentos mais marcantes da sua vida que terão sido decisivos para transformar Carolina numa figura de proa da alta realeza europeia. Habituada a atenções desde o nascimento, a princesa sempre foi ao ai-jesus do principado. Nem mesmo, quando o irmão (o herdeiro) nasceu, a pequena Carolina deixou de brilhar. Muito próximas, as duas crianças cresceram juntas e tornaram-se ao longo dos anos amigos, confidentes e o apoio um do outro. Com a mãe muito ausente, a menina assumiu um papel maternal em relação ao irmão. Um sentimento que perdura até aos dias de hoje. Sobre a ausência dos pais, disse recentemente que uma das pessoas mais presentes e importantes da sua infância foi a ama inglesa com quem passavam os dias: "O Alberto e eu (Stephanie, a irmã mais nova, só nasceria em 1965) estávamos muito ligados a Maureen King. Víamos os nossos pais de manhã e ao serão, no verão um pouco mais, mas ela era tudo para nós, sem dúvida a personagem central das nossas vidas."
A LIGAÇÃO COM O IRMÃO, ALBERTO
Mas como é que a princesa, que foi tão rebelde na sua juventude, conseguiu alcançar o estatuto e a admiração que hoje reúne? Vamos rever os momentos mais marcantes da sua vida que terão sido decisivos para transformar Carolina numa figura de proa da alta realeza europeia. Habituada a atenções desde o nascimento, a princesa sempre foi ao ai-jesus do principado. Nem mesmo, quando o irmão (o herdeiro) nasceu, a pequena Carolina deixou de brilhar. Muito próximas, as duas crianças cresceram juntas e tornaram-se ao longo dos anos amigos, confidentes e o apoio um do outro. Com a mãe muito ausente, a menina assumiu um papel maternal em relação ao irmão. Um sentimento que perdura até aos dias de hoje. Sobre a ausência dos pais, disse recentemente que uma das pessoas mais presentes e importantes da sua infância foi a ama inglesa com quem passavam os dias: "O Alberto e eu (Stephanie, a irmã mais nova, só nasceria em 1965) estávamos muito ligados a Maureen King. Víamos os nossos pais de manhã e ao serão, no verão um pouco mais, mas ela era tudo para nós, sem dúvida a personagem central das nossas vidas."
Carolina e Alberto só se separam quando ela escolheu Paris, em França, para prosseguir os estudos. A
AMORES E DESAMORES
E o escândalo maior chegaria em 1978, quando a princesa monegasca se apaixonou por um homem muito mais velho. Apesar da forte oposição dos pais, a jovem insistiu em casar-se com Philippe Junot. Ela tinha 21 anos e ele era 17 anos mais velho, além de ser um playboy com um "historial" nada recomendável. A união só durou dois anos devido às infidelidades do marido. Anos mais tarde disse a princesa sobre este casamento: "Uma loucura de juventude". Separada aos 23 anos, regressou à sua agitada vida de solteira e do seu "currículo" de jovem rebelde ainda fazem parte os namoros tão badalados com o tenista Guillermo Vilas e Roberto Rossellini. Depois de Grace Kelly morrer, Carolina voltou a subir ao altar – conseguiu que o Vaticano lhe anulasse o primeiro casamento – e uniu o seu destino ao do milionário italiano Stefano Casiraghi, pai dos seus três filhos mais velhos, Andrea, Charlotte e Pierre. Mas a felicidade apenas durou 10 anos. O marido da princesa morreu num trágico acidente náutico. Viúva aos 33 anos e com três filhos pequenos, ficou verdadeiramente destroçada. Até o cabelo lhe caiu com o desgosto.
Já aqui falamos da morte trágica de Grace Kelly na sequência de um acidente de viação. Uma desgraça que iria mudar a vida de Carolina para sempre. Destroçada, é ela que assume o lugar deixado vago junto do pai. Sendo ela a mais velha e com Alberto ainda solteiro - e assim permaneceria por muitos mais anos - foi obrigada a assumir um papel de Estado. E fá-lo com toda a dgnidade e sentido de responsabilidade. Tornou-se exigente consigo e com os irmãos, especialmente com Stephanie e os problemas entre as duas começam nessa altura, pois a mais nova dos Grimaldi segue as pisadas rebeldes de Carolina e esta tenta impedir que a irmã cometa os mesmos erros que ela cometeu. Sem sucesso.
O ROCHEDO QUE UNE A FAMÍLIA É o casamento feliz com Stefano Casiraghi que lhe traz a estabilidade plena. É essa união que provoca a viragem em Carolina. Apesar de marcada pela tragédia, a princesa não vira costas à vida. Depois de um longo período de luto, regressa à vida pública e até vive um breve romance com o ator francês Vincent Lindon, em 1996. Mais tarde realiza o sonho da mãe: vê-la casada com Ernst de Hannover, um príncipe alemão que vem de uma das mais importantes famílias reais da Europa. Deste casamento nasce a sua última filha, Alexandra. Devido aos problemas de alcoolismo de Ernst, o casal separou-se mas ainda mantêm um casamento de fachada. Diz-se que Carolina não se divorcia supostamente para proteger a herança da filha e o seu título real.
É o casamento feliz com Stefano Casiraghi que lhe traz a estabilidade plena. É essa união que provoca a viragem em Carolina. Apesar de marcada pela tragédia, a princesa não vira costas à vida. Depois de um longo período de luto, regressa à vida pública e até vive um breve romance com o ator francês Vincent Lindon, em 1996. Mais tarde realiza o sonho da mãe: vê-la casada com Ernst de Hannover, um príncipe alemão que vem de uma das mais importantes famílias reais da Europa. Deste casamento nasce a sua última filha, Alexandra. Devido aos problemas de alcoolismo de Ernst, o casal separou-se mas ainda mantêm um casamento de fachada. Diz-se que Carolina não se divorcia supostamente para proteger a herança da filha e o seu título real.
Desde então, fechou portas ao amor e dedicou-se de corpo e alma à família. Mas não apenas aos seus quatro filhos e sete netos. Carolina mantém-se na retaguarda, mas sempre a apoiar o irmão que tem tido muitos problemas familiares, especialmente provocados por Charlene. Uma mulher instável, com problemas de saúde e que apesar de viver há tantos anos no Mónaco ainda não fala francês e aparenta não gostar nada das suas funções reais. A sul-africana não é a mulher que Alberto II precisava de ter a seu lado e, tendo consciência disso, é a mais velha dos irmãos Grimaldi que continua a ter um papel de Estado, embora de forma um tanto discreta. E é também ela que tem ajudado o príncipe regente a educar os gémeos, Jacques e Gabriella. Diz-se que Carolina é o rochedo que mantém a família unida. O que será do Mónaco quando se retirar de vez, questionam-se os especialistas em assuntos da realeza. A resposta ninguém a tem, mas uma coisa é certa. Quando Carolina desaparecer, desaparece a mais princesa das princesas de uma geração que faz a ponte entre o glamour e a modernidade informal. Entre a corte tradicional e uma monarquia mais aberta.