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EXCLUSIVO THE MAG

Quem é Adelaide, a "amiga" de Marcelo, que deu que falar nos corredores de Belém pela proximidade com o Presidente e agora desapareceu? Nós contamos tudo...

É militar, conheceram-se em 2018, trabalharam juntos e em 2020 ele fez-lhe um elogio rasgadíssimo em Diário da República. Em 2021 volta a nomeá-la, mas quando a amizade começou a ser demasiado falada nos corredores de Belém e, pior, ela entrou em processo de divórcio, o presidente teve de tomar medidas. Uma história de intriga palaciana que The Mag agora desvenda.
João Bénard Garcia
João Bénard Garcia
29 de abril de 2022 às 00:07
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Na sua edição de 15 de dezembro de 2021, o semanário 'Tal&Qual' avançava que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, de 73 anos, estava de novo apaixonado e já não namorava com a jurista Rita Amaral Cabral, de 68 anos, conhecida do grande público como sendo a sua companheira oficial de longa data. Mais de 41 anos, para sermos precisos. O jornal não indicava, contudo, quem era a nova alegada "dona" do coração de Marcelo.

Ora, The Mag tentou deslindar esta história e vai-lhe contar quem é, afinal, a mulher que se tornou tema de conversa nos corredores de Belém, dando azo às mais variadas especulações, devido à sua proximidade com o Presidente. 

Para já fique a saber que, ao que tudo indica, a senhora de quem se fala é a Tenente-Coronel da Força Aérea, Adelaide Catarina Franco Gaspar Paiva Gonçalves, que, no dia 14 de abril, celebrou 42 primaveras. Só que a história é longa e está longe de ser aquilo que se especula.

Comecemos pelo "início", como é natural. 

QUEM É A AJUDANTE DE CAMPO ADELAIDE GONÇALVES?

A ajudante de campo do Presidente Marcelo Rebelo de Sousa, Adelaide Gonçalves
A ajudante de campo do Presidente Marcelo Rebelo de Sousa, Adelaide Gonçalves

Marcelo Rebelo de Sousa terá conhecido a militar, que é mãe dos gémeos Afonso e Tomás, em janeiro de 2018, quando esta ainda era Major e foi nomeada para ser sua "Ajudante de Campo" em Belém. A proximidade entre o Chefe de Estado a uma das pessoas que mais próximo está dele, dia após dia, com longas horas de trabalho em conjunto, acabaram por criar laços especiais entre os dois e deixaram Marcelo rendido às qualidades da sua "subordinada" da Casa Militar. Isso valeu, em janeiro de 2020, um louvor público que fez à sua colaboradora - com direito a "medalha de prata de serviços distintos".

"Louvo a Major (patente militar que desempenhava à data do Louvor) Engenheira de Aeródromos Adelaide Catarina Franco Gaspar Paiva Gonçalves pela forma altamente competente, digna e prestigiante como exerceu, durante os últimos dois anos, as funções de Ajudante de Campo de Sua Excelência o Presidente da República", escreveu.

Marcelo, prolixo como gosta de ser, não se ficou por apenas um parágrafo de elogios e continuou a exaltar odes aos feitos da sua "ajudante de campo":  "A Major Adelaide Gonçalves, detentora de uma apurada educação, irrepreensível aprumo, grande capacidade de adaptação e permanente disponibilidade, aliados a excecionais qualidades e virtudes militares, tem sabido desempenhar as suas exigentes e sensíveis funções com agilidade, elevada competência profissional e extraordinária vontade de bem servir". E continuou: "Compreendendo a particular sensibilidade, importância e exigência da sua missão, tem pautado a sua atuação pelo equilíbrio, sentido prático e capacidade de iniciativa, a par de um espírito criativo e diligente manifestado na eficiência e rigor com que planeia e executa as suas funções".

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O primeiro mergulho de verão do Presidente da República: 'A água está fria mas boa'

O Presidente foi ao ponto de explicar as funções que a Major executava em Belém, salientando a forma como as exercia: "Vivendo com entusiasmo as tarefas que tem a seu cargo, caracteriza-se por uma natural simpatia e facilidade de trabalho em equipa o que tem sido evidente na forma como se relaciona com as diversas assessorias da Presidência da República e demais entidades envolvidas na preparação e coordenação das deslocações do Presidente da República no País e no estrangeiro, missões que tem sabido levar a cabo de forma competente e eficaz".

Rematando: "Pela excelência do seu desempenho, a Major Adelaide Gonçalves confirmou as qualidades que lhe têm sido reconhecidas, afirmando-se como uma jovem e distinta oficial tecnicamente bem preparada e com extraordinário espírito de missão, a quem se augura uma carreira promissora, cujo desempenho a torna merecedora do público louvor com que agora é distinguida e cujos serviços, de que resultou honra e lustre para a Força Aérea e para as Forças Armadas, devem ser classificados como extraordinários, relevantes e distintos". 

DAS PROMOÇÕES E DEDICAÇÃO, AO DIVÓRCIO  

Não é que o Presidente não teça elogios de tamanho peso a outras figuras com quem partilha o dia a dia e se cruza, mas a verdade é que, nos "mentideros" palacianos, este deu que falar, até porque afeição de Marcelo à sua ajudante permaneceu. E até floresceu. Um ano depois, a 9 de março de 2021, o Chefe de Estado reconduziu-a no cargo, mas já devidamente promovia e com a patente de Tenente-Coronel.

Só que, nestas datas, as coisas começaram a complicar-se na vida destes dois amigos. Ela, em casa, estava a divorciar-se de Paulo Jorge (processo concluído a 22 de abril de 2021), seu marido desde há quase 15 anos e pai dos filhos gémeos. Daí a aumentar o diz-que-diz nos corredores do Palácio de Belém foi um ápice. E é claro que a intriga foi parar aos ouvidos do Presidente - ou não fosse ele um homem sempre bem informado. E como para grandes males grandes remédios, o que fez o Presidente? Decidiu exonerar a sua Ajudante de Campo - que é como quem diz, em termos práticos, abdicar dos seus préstimos. 

DE BELÉM À NATO

No Despacho n.º 6267/2021, de 25 de junho, o Presidente "exonera, por motivos de promoção no posto e de gestão de carreira, do cargo de Ajudante de Campo a Tenente-Coronel Adelaide Catarina Franco Gaspar Paiva Gonçalves, com efeitos a 25 de maio de 2021". 

O que quis isto dizer? Que a Ajudante de Campo Adelaide Gonçalves deixou Belém para voar - literalmente, pois mudou-se para os Estados Unidos - para um lugar de destaque numa organização de alta importância internacional: a NATO. 

A prova disso está escrita em Diário da República, com a bênção do governo PS. A Portaria n.º 352/2021, redigida a quatro mãos, pelos então ministro dos Negócios Estrangeiros Augusto Santos Silva e ministro da Defesa Nacional João Gomes Cravinho, dita que se nomeie "a TCOR ENGAED Adelaide Catarina Franco Gaspar Paiva Gonçalves, para o cargo «TSC FCEX 0170 — Project Coord (Infrastructure — Air Basing Fac)», no Supreme Allied Command Transformation Headquarters (SACT HQ), em Norfolk, Estados Unidos da América". E com uma "comissão de serviço do referido cargo de três anos, sem prejuízo de eventual prorrogação ou antecipação do seu termo pela ocorrência de facto superveniente que obste ao seu decurso normal".

Assim se acabaram as especulações em Belém, após o "desaparecimento" da Ajudante-amiga e está esclarecido por onde a Tenente-Coronel anda atualmente, longe dos olhares maliciosos, mas também do mimo do Presidente. Para a despedida ainda teve direito a mais um Louvor rasgado em Diário da República e a comenda da Ordem Militar de Avis.

Mas quem disse que assim, longe da vista, não poderemos estar no início de uma bela amizade?...

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