
A desconfiança é, muitas vezes, inerente à prosperidade e ao poder. Uma pessoa que atinge o topo acaba por contactar e conhecer com muitas pessoas, mas só confia em muito poucas. Cristina Ferreira é o melhor exemplo desta teoria. Depois de passar o dia rodeada de gente, de andar de reunião em reunião, de se manter atenta às redes sociais e ao telemóvel, a apresentadora da TVI precisa de regressar para junto dos seus, para o lugar onde cresceu e onde se sente verdadeiramente em casa. É ali que pode ser apenas Cristina. Despida do poder, da função, do cargo, do mediatismo e, até, das roupas de marca. É entre os seus que se reencontra.
Isto acontece também com o seu círculo de amigos. Um grupo pequeno. Restrito. Mas atenção, a apresentadora, na verdade, tem dois grupos de pessoas em quem confia. O primeiro, o mais indestrutível: a família. Os pais, os tios e as primas, de quem tanto fala. São a sua base e aqueles que sabe que estarão lá para tudo e para sempre. Mesmo que tivesse que voltar a espetar as famosas estacas numa qualquer feira. A este grupo, ainda pertencem algumas amigas (muito poucas) de infância e adolescência. Que nada têm a ver com o mundo da televisão.
Depois, há o grupo das pessoas com as quais foi criando laços de amizade ao longo dos últimos anos e que faz questão de ter por perto no seu ambiente profissional. Rodeou-se de profissionais e com quem construiu uma equipa. São a sua ‘entourage’ que já extravasou do profissional para o pessoal. Falamos de João Patrício, André Manso, Lurdes Guerreiro (que estão com ela na direção de Ficção e Entretenimento da TVI), Inês Mendes da Silva (a agente), Ruben Rua, Tiago Froufe, o fotógrafo Rui Valido e Catarina Duarte: diretora de uma agência de viagens e ex-repórter do programa ‘Você na TV’.
Ainda há Pedro Teixeira, Rita Pereira, Manuel Luís Goucha, Rúben Vieira, Cláudio Ramos e a recém-chegada Maria Cerqueira Gomes. Há uma amizade, sim - ou melhor, uma proximidade - mas que nada tem a ver com os nomes citados anteriormente. Os outros, são o seu núcleo duro. Contudo, há um outro amigo que está sempre com Cristina Ferreira, que a acompanha para (quase) todo o lado, mas que se mantém sempre na sombra. Só raramente lhe vemos o rosto.
Esse amigo é Jorge Frade, o camera man que está sempre por perto. Que acompanha a apresentadora nas suas viagens, nos seus passeios, nos eventos que tem, como foi agora o caso mais recente da sua estreia em stand–up, no espetáculo de Salvador Martinha. Na foto de grupo, lá estava Frade. Como a presença do operador de câmara é constante, Cristina Ferreira já se viu obrigada a falar publicamente sobre esta amizade: "O Frade é meu câmara há muitos anos. E porque eu cheguei aqui acompanhada de muitos que incluí na família, quero dizer que ele me faz falta. Quando ele está, está tudo bem. Há um conforto inexplicável. E sei que estará para sempre. Porque eu não tenho irmãos, mas nesse espaço branco Deus colocou-me as pessoas certas", explicou em 2019 nas redes sociais.
"O Frade é meu câmara há muitos anos. E porque eu cheguei aqui acompanhada de muitos que incluí na família, quero dizer que ele me faz falta. Quando ele está, está tudo bem."
Em março de 2020, voltou a falar dele: "Sabem o que é amor? É perceber que o Jorge Frade, meu amigo, câmara de televisão e irmão para toda a vida, me escolheu para tomar o pequeno almoço com ele. São estes gestos que nos farão ultrapassar tudo, sabendo que no fim, estarão lá os de sempre", escreveu a apresentadora.
COMO TUDO COMEÇOU Conheceram-se quando Cristina Ferreira chegou como estagiária à TVI.