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Quem tem medo de Cristina Ferreira? O rival Daniel Oliveira serve a sua vingança gelada e responde: "Quando um não quer, dois não brincam"

Pela primeira vez, sem medos, o diretor de entretenimento da SIC, revela que a adversária TVI e a sua diretora rival, Cristina Ferreira, não o desnortearam quando, em janeiro, entraram a matar com uma aposta em força no 'Big Brother'. "Tivemos o nosso principal concorrente a meio de abril a festejar o mês nas suas páginas oficiais. Está escrito", relembra, e assume: "Não há nenhuma picardia com a Cristina ou com a TVI".
João Bénard Garcia
João Bénard Garcia
07 de julho de 2022 às 23:58
Cristina Ferreira, Daniel Oliveira
Cristina Ferreira, Daniel Oliveira
Daniel Oliveira, Cristina Ferreira
Cristina Ferreira, Daniel Oliveira
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Cristina Ferreira
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Cristina Ferreira
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Cristina Ferreira, Daniel Oliveira
Daniel Oliveira, Cristina Ferreira
Cristina Ferreira, Daniel Oliveira
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Cristina Ferreira
Cristina Ferreira

Daniel Oliveira, 41 anos, o diretor de entretenimento e ficção da SIC, revela que o fortíssimo contra-ataque da TVI, entre janeiro e abril, com várias edições do 'reality show' Big Brother' e a transmissão de partidas de futebol de relevo, não deixou os responsáveis do canal fundado por Francisco Pinto Balsemão à beira de um ataque de nervos.

O único ataque que preocupou a equipa da SIC foi outro e por culpa de uns piratas, que não foram liderados pela adversária Cristina Ferreira. "No início do ano, tivemos um desafio gigantesco, que teve a ver com ataque informático que aconteceu no dia 2 de janeiro e que mudou uma série de procedimentos e de formas de trabalhar. Numa altura particular do mercado televisivo, com apostas fortes do nosso concorrente, tivemos de reagir quase de modo analógico", confessa Daniel Oliveira, no rescaldo do momento desesperante para a estação, entretanto superado com sucesso.

"No início do ano, tivemos um desafio gigantesco, que teve a ver com ataque informático que aconteceu no dia 2 de janeiro e que mudou uma série de procedimentos e de formas de trabalhar"

"NÃO MUDÁMOS O RUMO EM FUNÇÃO DAS CIRCUNSTÂNCIAS, E RESULTOU"

O diretor de entretenimento assume que os tempos não foram fáceis, mas a sua equipa conseguiu aguentar o barco sem naufragar. "Estendo esses primeiros seis meses, com especial incidência no mês de abril, em que houve jogos muito fortes de futebol por parte da concorrência, acrescido de um orçamento forte na grelha, isso está à vista, que tinha como claro objetivo passar a SIC", reconhece, revelando como não entrou em pânicos e começou a mudar a grelha para concorrer com a rival TVI: "O que fizemos foi continuar a olhar para a nossa estratégia, sem a alterar. Isso acho que foi fundamental: não alterar o rumo que tínhamos traçado, em função de circunstâncias, de resultados que pudessem impactar em algum tipo de mudança. A concorrência, e o mercado concorrencial, obriga todos os agentes do mercado a rever procedimentos. E, se for caso disso, a estar mais atentos a determinados setores e a determinadas zonas de grelhas concorrentes, que tem um investimento diferente e temos que olhar para isso com um olhar diferente", assegura.

Daniel garante que "a informação teve um papel importante nesta estratégia. Mas nós na SIC não olhamos para a informação e para os programas. Nós temos uma só SIC. Não temos esse tipo de divisão. Estamos completamente alinhados nos propósitos e na forma de trabalhar e não olhamos para a SIC em diversas SIC’s. A SIC é só uma! A estratégia de informação e programas é comum, é partilhada e é permanente. A forma como tudo isso se liga para nós é o mais importante, sem nenhum tipo de divisão", conclui.

"Na SIC não olhamos para a informação e para os programas. Nós temos uma só SIC. Não temos esse tipo de divisão. Estamos completamente alinhados"

A GUERRA DAS AUDIÊNCIAS, EXPLICADAS POR DANIEL OLIVEIRA

Outra questão que preocupa Daniel Oliveira são as métricas. E, como em tudo na vida, há quem ganhe por uma décima e será esse o recordado pela história das estatísticas. E dá um exemplo, para explicar como às vezes se fazem certas leituras de audiências de forma enviesada. "Muitas vezes olhamos para um programa que não obtém uma liderança e aquelas 600 ou 700 mil pessoas que viram o programa, mesmo ele não liderando, na análise que se faz é como se elas não existissem, como se essas 700 mil pessoas não contribuíssem para o resultado global da estação. Obviamente que contribuem e contribuem muito. São 700 mil, mesmo que do outro lado possa haver 701 mil. E o que se diz é que o programa X perdeu e o Y ganhou por mil, mas as 700 mil pessoas do X são muito relevantes", relembra.

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A guerra entre Cristina Ferreira e a SIC

Para ser mais perceptível para a maioria da sua audiência, Daniel Oliveira escolheu um exemplo concreto de um resultado futebolístico. "Quando vocês fazem o histórico de quem ganhou o dia, o mês ou o ano, quem está no histórico foi quem venceu. E nos últimos 41 meses o vencedor é claro, é a SIC. Quando uma equipa de futebol ganha por 1 a 0, dá os mesmos pontos no final que daria se ganhasse por 5-0".

SEM MEDO DO 'BIG BROTHER', DA CRISTINA E DOS POSTS

Quanto ao ataque da TVI com edições em cima de edições do 'BB' para combater a hegemonia da SIC nas noites de domingo, o diretor esclarece ter estado tranquilo: "'Big Brother' não nos obrigou a repensar estratégias, mantivemos a estratégia que tínhamos. Mantivemos os programas que tínhamos previsto, mantivemos as novelas previstas".

Mas não ficou parado a ver o canal rival a roubar-lhe freguesia. Então o que fez para combater o assalto ao forte? "Fizemos acertos pontuais, que tiveram a ver com as nossas circunstâncias. O mercado da televisão generalista não combate só entre si, combate também com tudo o resto. Tivemos grande entretenimento ao sábado que era uma grande aposta nossa e que há muito tempo não havia e nós quisemos manter essa aposta ao sábado. Não quisemos alterar aquilo que era o nosso foco principal na abordagem que fizemos este ano".

O QUE INTERESSA É LIDERAR... E NÃO RESPONDER A PROVOCAÇÕES

"A posição de liderança é, para nós, importante, na medida em que queremos estar com o maior número de espectadores possível e é isso que importa. As contas, para nós, fazem-se ao ano e ao mês. Eu sei que vivemos um contexto em que existe quase um dérbi todos os dias e isso alimenta os sites. Eu percebo esse contexto todo, joga esse jogo quem quer jogar", afirma.

"O 'Big Brother' não nos obrigou a repensar estratégias, mantivemos a estratégia que tínhamos"

Afirma, e não deixa de atirar umas farpas valentes à rival Cristina Ferreira e à sua TVI: "Eu celebro as audiências mensais como acredito que devem ser celebradas. A vertente diária dessa celebração não. Nós tivemos o nosso principal concorrente a meio de abril a festejar o mês nas suas páginas oficiais. Está escrito. Não há nenhuma picardia com a Cristina ou com a TVI. Quando um não quer, dois não brincam", remata.

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Cristina Ferreira tem de dar 4 milhões de euros à SIC

No meio da balbúrdia dos números da guerra das audiências televisivas que empolgam os telespectadores, Daniel Oliveira reage querendo mostrar uma imagem de ponderação e bom senso. "É importante que haja uma informação objetiva e clara sobre os resultados, muitas vezes com os próprios números oficiais e com os gráficos, porque isso é importante para credibilizar a comunicação. Para nós o importante é continuar a diversificar a nossa antena e a tocar os espetadores. É por isso que estamos a fazer estas apostas aqui neste verão".

"Nós tivemos o nosso principal concorrente a meio de abril a festejar o mês nas suas páginas oficiais. Está escrito. Não há nenhuma picardia com a Cristina ou com a TVI."

E acrescenta: "Quando olhamos para um produto, sei que o mais óbvio é sempre o resultado global do universo. Nós olhamos para outro tipo de métricas, olhamos para o resultado anterior, olhamos para a média do dia, não olhamos para um produto isoladamente, olhamos para uma grelha completa. Face às apostas que queremos fazer e ao investimento que queremos fazer em certas alturas do ano, o que presidiu às nossas escolhas desde janeiro - e que nos permite hoje estar com novas apostas - foi o que nos permitiu continuar a gerir a nossa grelha com o pressuposto de continuarmos na tónica da inovação e nas apostas".

O FUTURO DE DANIEL? É CHEIO DE DESAFIOS...

O diretor responde, sem pejos: "Estou pronto para mais quatro anos. Estou pronto para todos os desafios e os desafios não se esgotam nos canais generalistas, há desafios pela frente para todos. Não há, nós e eles, encaramos o mercado televisivo como um bolo".

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