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Toda a verdade sobre a sexualidade de Betty e Castelo Branco: joalheira conta como se encantou pelo lado mais feminino do marido

Quando Betty se casou com José Castelo Branco, o marchand exibia uma sexualidade distinta dos padrões tradicionais, mas essas questões nunca foram um problema para a americana. Com uma cabeça muito à frente do seu tempo, Betty sempre aceitou o marido, que já contou que sempre houve muita 'faísca' sexual entre os dois. O caso vem agora novamente à tona., relatado pela própria.
Rute Lourenço
Rute Lourenço
15 de agosto de 2024 às 23:55
Betty Grafstein e José Castelo Branco
Betty Grafstein e José Castelo Branco Foto: dr

O casamento entre Betty Grafstein e José Castelo Branco sempre esteve envolto numa aura de curiosidade: o que teria unido, afinal, duas pessoas tão diferentes? As teorias são muitas, o coro de vozes críticas ainda maior, mas a verdade é que, há 30 anos, quando se casaram, a socialite americana já era uma pessoa muito à frente para o seu tempo.

Já na altura, Betty movia-se com naturalidade em todos os círculos, abraçando a diferença e pensamentos que então eram considerados 'fora da caixa'. É certo que, quando conheceu José Castelo Branco, este ainda não tinha assumido sem preconceitos a sua verdadeira identidade, mas já trazia na bagagem o percurso como Tatiana Romanova e se pautava por uma excentricidade pouco comum - mesmo para os anos 90 em Portugal.

Os dois conheceram-se durante uma visita de Betty a Portugal, numa galeria de arte, uma vez que na altura Castelo Branco fazia do negócio de obras valiosas a sua profissão e, apesar de hoje parecer quase impossível de imaginar, o socialite diz que houve faísca sexual com Betty, contando que se envolveram pela primeira vez depois de uma festa no Algarve, quando a americana se ofereceu para lhe massajar os pés.

"Olhe, nem sei o que aconteceu. A Betty começou a fazer a massagem e ai meu Deus, aconteceu. Não tivemos uma relação completa porque eu não tinha preservativos e ela não quis. Mas ficou tudo muito aceso, muito alerta", recorda no livro 'Toda a Verdade', adiantando que no dia seguinte foi à farmácia mais próxima comprar preservativos. "Foi muito engraçado porque quando tivemos a primeira relação, o preservativo ficou lá dentro. A Betty ficou em pânico porque achava que eu era gay ou bissexual e poderia ter alguma porcaria. Ela tinha imensos amigos que tinham morrido com sida, mas eu não estava minimamente preocupado".

Na altura, o socialite, que se tinha separado há seis anos da mãe do filho, admitia que a relação com Betty era escaldante. "Com a Betty é fantástico. Ela enche-se de joias, eu também e só usamos negligé, o que apimenta bastante".

Com o passar dos anos, é certo que muita coisa mudou, mas Castelo Branco teve sempre em Betty um suporte para abraçar o seu verdadeiro eu. A socialite nunca o castrou ou pediu que fosse diferente e, de repente, estavam os dois a usar saltos altos, a partilhar o guarda-roupa feminino e a maquilhagem, de uma forma natural, sem que isso significasse o fim de alguma coisa, pelo contrário.

No perfil que a revista americana 'Vanity Fair' traçou do casal, esse assunto veio naturalmente à baila, e quando questionada sobre como encara as questões de género que assolam Castelo Branco, que abraça tanto a sua masculinidade como o lado mais feminino, Betty desvalorizou completamente. "Nunca pensei sobre essas coisas. Eu adoro toda a gente", disse a veterana, admitindo, precisamente, que o lado feminino é uma das coisas que mais a encantou no marido que, segundo a americana, pode ser uma pessoa difícil de entender devido ao 'show off' e personagem que assume, mas que o casamento longo ajudou a que o entendesse de todos os ângulos possíveis.

Uma versão corroborada pelo marchand d'art, que assegurou que as questões de identidade de género não lhe tiram o sono e que, hoje, aos 61 anos, é uma pessoa muito bem resolvida. "Sou uma 'ela', mas por outro lado continua a ser um 'ele'. Quem é que se importa com isso? Sou muito bem resolvido", explicou Castelo Branco, que carrega em si vários mundos, identidades e géneros diferentes, mas que ao longo da vida sempre se manteve fiel a um pilar na sua vida: a fé que tem em Deus.

E é esta dicotomia que, para muitos, o torna tão peculiar: a facilidade com que num dia está agarrado a um terço a rezar com um fervor católico num banco de igreja e no seguinte se despe de preconceitos num show transformista.

AS POLÉMICAS QUE AFASTARAM O CASAL

Apesar de Betty ter abraçado sem tabus as questões de género do marido, há um outro lado que acaba por ser, para muitos, importante para perceber como a relação entre os dois se deteriorou. Com o passar dos anos, os reality shows, o mediatismo, José Castelo Branco foi levando a sua personagem pública ao limite e esse limite muitas vezes esbarrou nas fronteiras de um casamento saudável.

O vídeo das orgias com um casal de Famalicão, os 'amassos' com Alexandre Frota para todo o mundo ver no reality show 'Quinta das Celebridades' são apenas alguns dos muitos exemplos de como a postura de Castelo Branco levou a relação a passar uma fronteira, até a um ponto em que para quem os conhece se tornou numa espécie de fachada.

"Os 15 anos são tempo suficiente para as pessoas perderem o interesse no outro. É uma amizade que se constrói, mas ficam os jogos, o adormecer de mão dada, a carícia que se faz antes de dormir. Estou numa fase da minha vida em que nada me apetece. Passam-se meses. O último número que tivemos foi em Espanha, no ano passado. Começámos a viver num platonismo que deixa de ser carnal. No início, tínhamos uma atitude de doidos, de descoberta, depois começou a esmorecer", disse Castelo Branco para justificar as alterações no casamento.

Para os amigos, com o tempo, Betty passou a ser como que um "fantoche" nas mãos de José Castelo Branco, o que se agravou com o explodir do impacto das redes sociais. De repente, uma Betty de saúde frágil aparecia de saltos altos, a fazer botox ou a sorrir em jantares quando muito provavelmente lhe apetecia estar em casa. Para o socialite, isso sempre foi um ato de amor, de não deixar que a americana desistisse e se acomodasse à terceira idade, para muitos é uma espécie de bullying. E bom, para Betty pode ser dúbio. 

Na entrevista à 'Vanity Fair', a americana admitiu isso mesmo, que por vezes o marido era uma espécie de capataz que não a deixava estar sossegada quando o seu corpo de 95 anos já pedia repouso. 

Há-de haver sempre maneiras diferentes de olhar para este assunto, nunca será consensual e cada qual terá a sua opinião formada, mas certamente que estará entre as matérias do julgamento de violência doméstica que quando chegar aos tribunais irá colocar a nu muito mais do que aquilo que se pensa saber sobre a vida de um casal que marcou a história do jet set em Portugal. Se por fachada, amor ou interesses de parte a parte, só os protagonistas saberão completamente a verdade.

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