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Casas Reais

Não resistiu à pressão. Casa real espanhola fala da "fuga" de Juan Carlos

O pai de Felipe VI saiu de Espanha no início do mês. Duas semanas depois, a Zarzuela quebra o silêncio.
17 de agosto de 2020 às 15:35
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A casa real espanhola confirmou que o rei emérito Juan Carlos foi para os Emirados Árabes Unidos no início do mês e que ali permanece até ao momento. Juan Carlos é suspeito de ter recebido 100 milhões de dólares (89 milhões de euros) pagos pela Arábia Saudita durante a regência do rei Abdullah (que morreu em 2015).

"Sua Majestade, o rei dom Juan Carlos indicou à Casa de Sua Majestade que se mudou a 03 de agosto para os Emirados Árabes Unidos, onde permanece desde então", lê-se num curto comunicado, divulgado pela Zarzuela (Palácio Real), citado pela 'Sábado'.

O paradeiro do antigo rei era desconhecido desde que o palácio da Zarzuela havia emitido um outro comunicado a indicar que apoiava a mudança de Juan Carlos de abandonar Espanha para fixar residência noutro país. Na ocasião, acrescentou que a decisão foi tomada face à repercussão pública de "alguns acontecimentos passados" da vida privada de Juan Carlos e para facilitar ao seu filho e sucessor, Felipe VI, a tranquilidade e o sossego que necessita para o exercício das suas funções.

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Imprensa espanhola aponta novo local de exílio de Juan Carlos

Juan Carlos é suspeito de ter recebido do rei da Arábia Saudita uma comissão de 89 milhões de euros para facilitar o contrato de construção do AVE, o comboio de alta velocidade que une as cidades de Medina e Meca, na Arábia Saudita. A transação foi feita em 2008 e terá chegado ao rei, através de testas-de-ferro e de uma estrutura offshore, quando ainda era chefe de Estado. O caso começou a ser investigado na Suíça e não em Espanha, devido a imunidade do rei. Ou seja, constitucionalmente o monarca não está sujeito a responsabilidade penal pelos seus atos, não pode ser julgado e, por conseguinte, condenado.

Com a abdicação a favor do filho, Felipe, em junho de 2014, Juan Carlos, que reinou durante 39 anos, perdeu essa imunidade e agora a justiça espanhola está a investigar se existiu "branqueamento" nas movimentações de dinheiro feitas depois de deixar o trono.

Em 2015, a ex-amante Corinna Larsen revelou que o rei emérito a usava como testa-de-ferro. "Não por gostar muito de mim, mas porque resido no Mónaco", disse a alemã, de 56 anos de idade, que refere que o facto de o Mónaco ter uma fiscalidade facilitada levou Juan Carlos a colocar várias propriedades no nome dela. O monarca tê-la-á pressionado para transferir esses imóveis para o nome do primo dele, Álvaro de Orleans de Borbón.   

A relação próxima entre os dois reis

Juan Carlos e o rei Abdullah tinham uma boa relação. O agora rei emérito condecorou o saudita com a Ordem do Toisón de Oro, o maior prestígio internacional que podia conceder em junho de 2007. A visita de Abdullah a Espanha foi a primeira de um rei saudita ao país desde 1980. O evento gerou polémica, devido às violações dos direitos humanos de que a Arábia Saudita é acusada. No país, vigora o wahabismo, um ramo fundamentalista do Islão que associa a administração do Estado à sharia, a lei islâmica.

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