
Em janeiro deste ano, Roberto Leal revelou pela primeira a luta que travava contra a doença. Em entrevista ao programa 'Domingo Show', da TV Record, o cantor português descreveu a batalha de dois anos contra um cancro na pele.
Tudo começou com fortes dores nas costas que se estendiam para a perna direita. "Tinha hora que eu não sentia do joelho para baixo e ela foi subindo até uma hora que eu não conseguia ficar em pé", contou o músico português emigrado no Brasil, de 67 anos de idade.
Roberto Leal chegou a fazer acupuntura para aliviar a dor, mas sem sucesso. Depois de uma série de exames veio o resultado inesperado. O cantor era "portador de um melanoma. Faz imunoterapia [para ativar o sistema imunitário], em ciclos de 21 dias, que está a evoluir de uma maneira muito positiva", comentou na época o médico do músico, Renan.
Homem de fé inabalável, quando questionado sobre se em algum momento teve medo da morte, Roberto Leal foi peremptório: "Não! [...] Eu aceito porque eu acredito e o que for decidido é o melhor para mim. Se eu realmente cheguei a esta situação, se este caminho é o único caminho possível, eu não tenho escolha, mas voltar para atrás, não. Isso é próprio de alguém que sabe que há uma luz no fim do túnel, e eu sei e tenho certeza que o amor vencerá toda a dor".
Dois anos depois do início dos tratamentos, com 10 sessões de radioterapia, Roberto Leal dizia estar "melhor do que nunca", mas ficou com a visão afetada devido a duas cataratas. "O máximo que pode acontecer é eu ficar com 30 a 40% de visão", comentou na altura.
Roberto Leal morreu na madrugada de domingo, 15, vítima de uma síndrome de insuficiência hepato-renal, resultado do cancro da pele.