
Rosa Grilo, viúva do triatleta Luís Miguel Grilo, cujo corpo foi encontrado a 24 de agosto, nu e com um saco enfiado na cabeça, na zona de Avis – terra natal da mulher - foi detida esta quarta-feira pela Polícia Judiciária de Lisboa, sob suspeita de ter sido a mandante do crime, apurou o CM. A PJ também avançou para buscas a um homem, cúmplice da viúva, indiciado pela execução do homicídio. Ficou igualmente detido e deverão ser ambos presentes esta quinta-feira a tribunal.
A vítima, de 50 anos, tinha sido dada como desaparecida pelas 16h30 de 16 de julho, de Alenquer, onde vivia com a família, depois de ter dito à mulher que iria fazer um treino de bicicleta. Esta foi a versão apresentada na altura por Rosa Grilo à PJ, e ao CM, mostrando estranheza pelo desaparecimento e apelando às buscas para que o marido fosse encontrado.
Confrontada, no início deste mês, com as suspeitas que poderiam recair sobre ela, Rosa afirmou: "Não, de todo. Não tenho nada a ver com isso". E adiantou que, face aos ferimentos que o marido apresentava quando foi encontrado morto, acreditava na hipótese de um acidente de trânsito.
Família, amigos e colegas de treino procuraram a vítima durante dias, sem sucesso. O corpo acabou por ser encontrado cinco semanas depois, já em elevado grau de decomposição mas com marcas, sobretudo ao nível da cabeça, de extrema violência – o que indiciava ter-se tratado de um crime de raiva, cometido por vingança. Luís e Rosa tinham uma empresa do ramo informático, em Alverca, que agora ficou apenas nas mãos da mulher.
A PJ sempre apontou para crime de natureza passional, cometido às ordens de alguém do círculo íntimo da vítima – o que veio agora a confirmar-se.