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Drama

A profunda solidão de Ângelo Rodrigues e a carência emocional causada pela falta do pai: "Essa falta de afeto fez-me mossa"

Ator, de 37 anos, que agora está internado no Hospital de São José, sempre revelou uma carência afetiva resultado de uma infância difícil, marcada pela solidão. Ângelo admite que sempre sentiu nunca ser bom o suficiente, tendo passado a sua vida à espera de uma palavra de incentivo do pai.
18 de janeiro de 2025 às 21:00
Ângelo Rodrigues
Ângelo Rodrigues

Ângelo Rodrigues conseguiu alcançar uma carreira ambicionada por muitos jovens. Considerado um talento da sua geração, porém, quem o conhece diz que o ator nunca conseguiu superar um sem número de carências afetivas, que acabavam por ter um reflexo profundo na sua vida.

Nos relacionamentos amorosos, só conseguiu encontrar a estabilidade ao lado de Iva Domingues, uma mulher mais velha que lhe deu a segurança de que Ângelo precisava. No entanto, depois de a longa relação terminar, o ator nunca mais se conseguiu comprometer, somando romances de curta duração.

Um vazio afetivo que o ator assumiu vir detrás, de uma infância marcada pela distância dos progenitores, em especial do pai. "Tinha uma família que era pouco afetuosa. Ou seja, sentia muito e expressava pouco (…) Essa falta de afeto, a mim, fez-me mossa", contou, em entrevista ao 'Alta Definição', acrescentando que, nessa altura, e quando muitos jovens teriam extravasado, ele fechou-se na sua concha.

"Era como se eu fosse uma tartaruga que só punha a cabeça de fora para socializar, com uma carapaça impenetrável para o resto do mundo (...)Fui um adolescente um bocado solitário. Sentia muito as coisas e, ingenuamente ou não, achava que era diferente das outras pessoas."

Na mesma entrevista, Ângelo Rodrigues afirmou também que o relacionamento com o pai nunca foi de carinho e afeto, com o progenitor a fazer, indiretamente, que sentisse que nunca era bom o suficiente. "Queria que eu fosse bom naquilo que fazia e me tornasse num adulto que de que se orgulhasse mas, por outro lado, fomentou sempre em mim a ideia de nunca estar pronto…de insatisfação, de ter de provar que sou bom", disse, acrescentando que viveu sempre com essa mágoa muito presente.

"Nunca tive uma abraço do meu pai na minha vida", explicou, acrescentando que só nos últimos dias de vida do pai, conseguiu verbalizar aquilo que sentia.

"Num dos momentos que estive sozinho com ele, e ele já não estava muito ciente das coisas que dizia acho eu, eu perguntei-lhe: ‘porquê que tu nunca me disseste que me amavas?. Percebi a finitude daquele momento. Percebi que ia acabar e é nesses momentos que se deixa os orgulhos de lado e somos mais honestos. Ele não conseguiu responder a isso mas eu disse: ‘amo-te, e tu?’ e ele disse que sim. Deve ter sido a última palavra".

Uma palavra que confortou Ângelo, que admite ter vivido toda a sua vida à espera de uma palavra de amor e incentivo do pai. "Não duvido que ele sentisse orgulho por mim, mas nunca conseguiu mostrar. E isso era que me rebentava por dentro. O facto dele ter dito isso, acaba por fechar um ciclo. Foi importante para mim enquanto adulto, ficou mais ou menos resolvido na minha cabeça."

Ângelo Rodrigues, recorde-se, permanece internado nos Cuidados Intermédios do Hospital de São José, depois de uma noite de excessos, que resultou numa pneumonia por aspiração. Esta não é a primeira vez que o ator, de 37 anos, coloca a sua vida em risco. Em 2019, esteve quatro meses internado com complicações decorrentes de uma injeção de testosterona para fins estéticos.

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