
Foi no passado dia 6 de maio que a Polícia Judiciária desmantelou uma associação criminosa, acusada de transportar cocaína do Brasil para Lisboa, por via aérea, para depois a colocar no mercado espanhol. Logo no próprio dia, ficou a saber-se que o cantor Nininho Vaz Maia estava acusado de integrar esse mesmo grupo, ainda que o seu papel não fosse ao nível de um cabecilha. Esse pertenceria a um indivíduo denominado como Mauro A. que não se encontrava no seu domicílio quando realizaram as buscas na semana passada.
O líder do grupo terá fugido e está agora em parte incerta, deixando o peso de todas as acusações nos ombros dos restantes arguidos, que se debatem agora com o início do processo e a consequente exposição mediática. Apesar das ligações de Mauro A. ao Brasil, de onde era proveniente a droga, não é certo que este se encontre nesse país com a PJ a desenvolver esforços para chegar ao cabecilha.
Em relação ao papel de Nininho na associação criminosa, o cantor é acusado de ser um dos principais clientes da rede de tráfico de droga, sendo suspeito de operar na distribuição de droga em Espanha, com os seus “meios logísticos” próprios, o que indicia que poderia usar os seus camiões da música para o efeito, algo que o seu advogado desmentiria.
"É impossível o Nininho esconder a droga no interior de camiões que transportam o pessoal e o material de música, uma vez que nunca deu qualquer concerto em Espanha", afirmou ao 'Expresso' Carlos Melo Alves.