
O Brasil está de luto. Apenas dois anos depois de lhe ter sido diagnosticado um cancro colorretal, Preta Gil morreu este domingo, dia 20 de julho, aos 50 anos de idade, vítima da doença.
A cantora, atriz e empresária estava nos Estados Unidos, para onde tinha viajado para se submeter a um tratamento inovador.
Preta Gil, que deixa um filho de 30 anos e uma neta de 10, era filha do músico e antigo ministro da Cultura do Brasil, Gilberto Gil, e meia-irmã de Nara Gil, sobrinha do cantor Caetano Veloso.
E é precisamente ao seu famoso pai que deve o seu nome próprio tão incomum. Preta gostava de contar a história por detrás do seu nome em entrevistas: quando nasceu, em 1974, os seus pais foram registá-la mas o notário recusou-se inicialmente, afirmando que "Preta não era nome de gente".
No entanto, Gilberto Gil não aceitou um 'não' como resposta.
"Imagina! Vocês conhecem meu pai, sabem que ele gosta de falar e já começou a fazer discurso. 'Mas por quê? Existem Biancas, Brancas, Claras, Rosas e não pode ter Preta?'", contou.
O notário decidiu então impôr uma condição: podia ficar Preta desde que tivesse um nome católico a seguir e foi assim que foi registada como Preta Maria Gadelha Gil Moreira.
A artista admitiu no entanto ter sofrido 'bullying' na infância por causa do seu nome, mas explicou que, com o tempo, acabou por aceitá-lo e valorizá-lo.