Portugal vai garantir este domingo o apuramento para o Mundial 2026, tendo em conta que neste momento o jogo decisivo de qualificação contra a Arménia está 9 a 1.
Este será o último Mundial de Cristiano Ronaldo, que não está a jogar por ter sido expulso no último jogo, contra a Irlanda, depois de uma falta.
Neste dia de grandes emoções, Roberto Martínez, o selecionador da equipa das Quinas, voltar a estar com todas as atenções viradas para ele, numa altura em que ainda se recompõe do susto que apanhou no campo pessoal, há cerca de um mês e meio, quando a sua casa de Cascais foi assaltada.
De acordo com a notícia avançada pelo 'Correio da Manhã', o técnico espanhol e a mulher, Beth, ausentaram-se durante quatro horas e, ao regressarem à moradia onde vivem, perceberam que tinham sido vítimas de roubo. Ainda de acordo com o jornal, um grupo de assaltantes terá levado a valiosa coleção de relógios da família, avaliada em 800 mil euros.
Segundo o jornal, o roubo terá ocorrido entre as 16h00 e as 20h00 de sábado, 20 de setembro. A notícia do 'CM' refere ainda que a forma utilizada pelo grupo de criminosos para aceder ao interior da moradia foi através do arrombamento de uma das portas da casa. Ainda de acordo com fonte policial ao jornal, os criminosos estariam informados sobre a ausência de Roberto Martínez e da mulher e por isso tiveram tempo para revirar todas as divisões da habitação.
Nascido em Espanha, Martínez diz que "é muito ibérico", mas curiosamente acabaria por se apaixonar precisamente pelo oposto: Beth, uma escocesa, muito racional, que conheceu em 2009, e lhe arrebatou o coração até aos dias de hoje. "A minha esposa é o treinador em casa, ela faz-me mudar de opinião. Chego a casa, ela organiza tudo, o tempo em casa com as meninas... Ela tem uma visão diferente da minha. Ela é escocesa, eu sou muito ibérico, temos uma diferença de opiniões, o que no meu entender é muito saudável", disse em entrevista ao 'Alta Definição', da SIC, acrescentando que, durante muito tempo, não foi o pai que gostaria para as filhas, devido aos ritmos do futebol.
"Todos os trabalhos têm um preço a pagar. O equilíbrio profissional e o tempo na família, todos temos o mesmo problema. O importante é que quando estamos na família, estejamos intensamente na família, que o pensamento não esteja no escritório”, disse, admitindo ter acompanhado muito pouco os primeiros dois anos da filha mais velha, com a mulher a colmatar as ausências de forma impressionante. "A Beth tem tudo, posso falar com ela sobre tudo. Pode ser a minha melhor amiga, a minha professora, ela faz-me feliz."
Pai de duas raparigas, Luella, de 11 anos, e Safiana, de cinco, o treinador admite que a família não podia estar mais feliz e adaptada à vida em Portugal.
“A minha esposa e as minhas filhas adoram Portugal, a vida em Portugal, a escola, o dia-a-dia é de muita felicidade. Para mim é muito mais fácil”.