
Marius Borg Høiby, filho da princesa herdeira da Noruega, Mette-Marit, foi formalmente acusado de violação, violência doméstica, agressão e outros crimes, após uma investigação policial que se prolongou por um ano.
O jovem de 28 anos, enteado do príncipe e futuro rei Haakon, enfrenta um total de 32 acusações, incluindo uma acusação de violação com penetração e três acusações de violação sem relações sexuais, algumas das quais filmadas no telemóvel do arguido.
Segundo o procurador Sturla Henriksboe, as quatro violações terão acontecido depois de as mulheres terem tido relações sexuais consensuais com Marius, que abusou sexualmente delas enquanto dormiam e filmou o momento. "Esta é uma prova fundamental que está a ser usada contra ele", reforçou, avançando que a polícia encontrou fotografias dos genitais das vítimas no telemóvel do agressor.
O julgamento deverá decorrer no início de 2026 e, em caso de condenação pelos crimes mais graves, o filho da princesa pode enfrentar até dez anos de prisão. Ainda assim, o procurador afastou a possibilidade de prisão preventiva.
A defesa garante que Høiby nega as acusações de violação e violência doméstica, mas admite declarar-se culpado de outros crimes de menor gravidade. "Ele não concorda com as alegações relativas a violação e violência doméstica", afirmou o advogado Petar Sekulic, citado pela Reuters.
O Palácio Real já reagiu, sublinhando que "cabe aos tribunais ouvir o caso e tomar uma decisão". Importa recordar que Marius Borg Høiby não possui título real nem faz parte da linha de sucessão ao trono, uma vez que nasceu da primeira relação de Mette-Marit, antes do casamento com o príncipe Haakon, em 2001.
Em agosto do ano passado, Marius Borg Høiby já tinha sido indiciado pela polícia por suspeita de agredir fisicamente a companheira. Na altura, o jovem reconheceu publicamente ter provocado ferimentos à namorada enquanto se encontrava sob o efeito de álcool e cocaína, além de admitir ter causado estragos no apartamento da vítima.