
As imagens de uma mulher a ser esfaqueada por um homem que rejeitara depois de o conhecer numa aplicação de encontros continuam a chocar o País.
O assunto foi discutido no 'Análise Criminal', da SIC, e Hernâni Carvalho decidiu criticar os populares que assistiram a tudo, acusando-os de "não fazerem nada".
"Quantas facadas é que ele lhe deu? 150. E aqueles 'nababos' que estão para ali, os fardados e à civil, não fizeram nada", começou por atirar.
"Eu é que estou frustrado, eu e o País, quando vemos ali um, dois, três, quatro, cinco, seis homens e não há nenhum homem que se faça à vida? Que lhe dê uma coisa na cabeça? Desculpe lá, isso é que é uma frustração", acrescentou.
Contudo, nas imagens são evidentes as inúmeras tentativas de todos os presentes de tentarem impedir as investidas do agressor, arremessando-lhe vários objetos; o único segurança no local até lhe desfere um pontapé na cabeça enquanto chama por ajuda através do rádio. Naturalmente, dado que o agressor estava armado, ninguém se atreve a chegar muito perto, mas, de acordo com o 'Correio da Manhã', uma das pessoas chegou a ser esfaqueada numa mão.
Recorde-se que, em Portugal, os seguranças não podem estar armados, o que torna o seu trabalho muito difícil numa situação como esta. O presidente do Sindicato Unificado da Segurança Privada defende alteração à lei para facilitar uso de gás pimenta e bastão.
"Sou apologista de que, armas, não. Mas gás pimenta e bastões já seriam dissuasores, se calhar o colega teria atuado mais rapidamente", disse Cláudio Ferreira ao 'Observador'.
"A atuação do colega", disse ainda, "é muito complicada". "Tem noção de que há arma branca e tem de perceber como pode atuar. Tem de acautelar o risco e até a segurança para si próprio. Nós temos o dever de prestar auxílio, mas a lei também diz que, antes, temos de avaliar se há risco para o próprio", acrescentou.