Léo Lins, o humorista brasileiro que foi condenado a oito anos e três meses de prisão efetiva devido às piadas polémicas que fez no seu espectáculo de stand-up 'Perturbador', já comentou o controverso processo, inédito no nosso país, que opõe os Anjos a Joana Marques.
Tal como se tem mostrado revoltado com o seu próprio julgamento, o comediante também condenou a decisão dos irmãos Rosado.
"Quando vi o vídeo pensei: 'Pelo amor de Deus, um milhão de euros por causa disto?' Eles têm de mudar o nome de Anjos para Capetas [diabos], porque isso aí não é de um anjo", atirou, em entrevista ao 'Expresso'.
A chocante decisão da juiza federal brasileira Barbara de Lima Iseppi causou muita polémica no Brasil. O processo, movido pelo Ministério Público Federal do Brasil em 2023, acusava Lins de "ofensa à moralidade pública" e propagação de discurso de ódio, e a sentença - anunciada a 4 de junho deste ano pela 3.ª Vara Criminal de São Paulo - incluiu não só a surpreendente pena de prisão efetiva como o pagamento de uma multa e indemnização "por danos morais coletivos" no valor de cerca de 300 mil euros.
De acordo com a Justiça brasileira, o vídeo de Léo Lins contém "declarações preconceituosas contra negros, obesos, idosos, pessoas com HIV, indígenas, homossexuais, judeus, nordestinos, evangélicos e pessoas com deficiência".
Uma das piadas de Léo Lins, conhecido pelo seu humor negro, está relacionada com pedofilia. "Uma vez eu estava num evento, o garçom chegou para mim: ‘Você quer um uísque com energético?’ Eu falei, tá maluco, rapaz? O uísque para mim tem que ser igual à mulher. Puro e com 12 anos", dizia no vídeo.
Léo Lins está a recorrer da sentença.
