
O popular cantor e compositor José Cid, que aos 81 anos de idade continua ser um animal de palco e não pára de dar concertos, compor e editar novas músicas, revelou, na 'Grande Entrevista', na RTP3, ao jornalista Vítor Gonçalves, que foi muito maltratado no Brasil, ao ponto de ter sido "roubado". "O meu tema 'Como o Macaco Gosta de Banana' foi gravado (em 1993) por um grupo de jovens interessante que se chama João Penca (& Seus Miquinhos Amestrados), esteve um ano no Top de vendas, chegou a ser n.º 1 e acabou em 10.º e até hoje nunca vi um tostão do Brasil", reclama.
Sentado a seu lado na mesma entrevista à RTP3 estava o colega Tozé Brito, com quem acaba de lançar um novo projeto musical chamado 'Tozé Cid', que é vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Autores (SPA) entidade à qual Cid não deixou de dar uma valente bicada: "Eu ganho bem. A SPA é muito organizada em Portugal... Vocês só não conseguiram foi recuperar o meu dinheiro do 'Macaco Gosta de Banana' no Brasil. E também estive em segundo lugar no Top de vendas na Austrália há dez anos".
"O 'Macaco' foi um escândalo", jura José Cid
José Cid, nascido ribatejano na Chamusca mas criado em Mogofores, Anadia, arredores de Coimbra, dispara ter "um lado muito brasileiro" e explica que o famoso tema do macaco e da banana lhe custou a desaprovação familiar e quase o deixou deserdado do afeto da mãe e das tias. "O tema foi um escândalo, quando gravei aquilo cá. As pessoas dividiram-se muito", assume.
O que ninguém estava à espera é que Cid tivesse sido censurado pela mãe e pelas tias. "A minha mãe e as minhas tias acharam a canção ordinaríssima. Hoje canto-a em estilo de samba para atenuar", confessa.