
O rei emérito Juan Carlos I de Espanha esteve no funeral do príncipe Aga Khan IV que faleceu esta semana em Lisboa aos 88 anos. Karim Al-Hussaini, 49.º imã dos muçulmanos era líder da comunidade xiita ismaili desde 1957 e morreu em Lisboa, cidade que acolhe desde 1998 a sede mundial desta religião que é um espaço de ajuda social, ensino e cultura de uma comunidade que tem mais de 20 milhões de seguidores espalhados por todo o mundo.
A Juan Carlos juntaram-se nas cerimónias fúnebres de Aga Khan em Lisboa o primeiro-ministro demissionário do Canadá Justin Trudeau e o Presidente da República Portuguesa Marcelo Rebelo de Sousa, além de vários líderes da comunidade ismaelita. Juan Carlos era amigo pessoal de Aga Khan, a quem devia o favor de ter ajudado a Infanta Cristina com um emprego nos escritórios da sua fundação em Genebra, na Suíça.
Recorde-se que a imagem da coroa espanhola saiu chamuscada quando ocorreu o caso Nóos, que envolveu práticas de crimes de prevaricação, desvios de capitais, fraude, tráfico de influências e delitos contra o tesouro espanhol por pare do marido, Iñaki Urdangarin, que foi condenado a seis anos e três meses de prisão.