
Carlos Gustavo da Suécia tem sido alvo de duras críticas devido aos seus problemas financeiros e aos pedidos que tem feito para que estes sejam resolvidos.
"Em 2024, o rei cumpriu todas as suas obrigações mas não estavam reunidas as condições para satisfazer parte das exigências do parlamento sueco, do Governo, das autoridades, organizações, empresas e indivíduos", referiu a Court of Auditors, o organismo responsável por monitorizar de que forma estão a ser utilizados os fundos monetários provenientes da União Europeia.
Mas, e de acordo com a imprensa sueca, este pedido para aumentar o orçamento da família real não está relacionado com a compra de roupa, joias ou carros, mas sim para que lhe seja possível manter as suas propriedades. De acordo com o jornal 'Expressen', a família real sueca não consegue cuidar do Palácio Real com o dinheiro que tem.
Este problema ter-se-á evidenciado durante a pandemia, altura em que contraíram uma dívida que até hoje ainda se mantém, por terem visto os seus lucros diminuírem em cerca de 75% devido à Covid-19. No ano passado, a família real terá pedido ao Governo sueco um empréstimo de cerca de 7 milhões de coroas suecas – cerca de 650 mil euros – mas, mesmo assim, não foi suficiente.
Isto, pode vir a agravar-se com o realizar do Jubileu de Ouro de Carlos Gustavo e da mulher, Sílvia, em 2026, bem como com as celebrações dos 50 anos de Vitória da Suécia, o que irá trazer mais despesas para a família real. Para combater este problema, o rei terá demitido parte dos seus funcionários: "Não substituímos o staff que se retirou e temos alguns layoffs", informou o diretor financeiro da Coroa. No passado ano, a família real optou por não organizar grandes eventos ou jantares no Palácio que custassem avultadas quantidades de dinheiro à monarquia.
A situação financeira da família real coloca em causa a conservação de propriedades de grande valor histórico para a Suécia, já que a sua manutenção é feita com dinheiro da Coroa.