
O dia 3 de setembro do ano de 2000 juntou na mesma casa, Zé Maria e Susana Almeida (que ficou conhecida como a 'cabeça amarela') e, até aos dias de hoje, os dois mantêm o contacto. A ex-companheira de casa de Zé Maria conta que, nos momentos mais difíceis, se manteve por perto, dando conselhos ao amigo, que chegou a tentar terminar com a própria vida por duas vezes.
"O que eu mais lhe disse foi para ele voltar para a terra dele (...) 'Volta para o teu mundo, volta para as tuas coisas e quando estiveres preparado, se tiveres de voltar outra vez para a capital, seja para onde for, vais com outra bagagem (...) Mas pronto, não foi assim. Se calhar nós temos de passar por este processo", disse a 'cabeça amarela' à revista TV 7 Dias.
Apesar do conselho da amiga, esta não se responsabiliza pelo seu regresso a Barrancos, acreditando que Zé Maria terá percebido por si próprio que era na sua terra que se sentia mais feliz: "Eu acho que foi uma necessidade mesmo, embora eu o tivesse dito, mas acho que não teve peso, acho que foi mesmo ele que sentiu necessidade de voltar ao seu sossego".
"Continua a usar o termo que usava há 25 anos, que é 'a minha magana, estamos a ficar velhos, que saudades' (...) aquela energia dele está lá (...) Eu acredito que ele está mesmo bem", revelou Susana à TV 7 Dias, referindo que, apesar de ter vivido momentos muito complicados, nesta altura, Zé Maria está bem na sua terra, perto da sua família.
A 'cabeça amarela' concluiu, à mesma publicação, que muitas vezes se sentiu em baixo e indignada com a pressão mediática a que Zé Maria foi submetido, levando a situações onde existiram "pessoas que se aproveitaram dele" e que poderão ter levado ao agravamento de questões a nível psicológico: "Eu hoje vejo-os [pessoas que se tentaram aproveitar de Zé Maria] no mundo da televisão e digo 'Meu Deus, como é que é possível?'. Essa pessoa tentou aproveitar-se, não só dele, ele andava sempre atrás de nós."