
Foi há 18 anos que a Primavera amena que se vivia em Portugal e propiciava a noites de esplanada no Algarve se transformou no maior pesadelo para Kate e Gerry McCann. Na altura, eles compunham ua das muitas famílias que tinham escolhido o Sul de Portugal para momentos de descontração com os filhos. No dia 3 de maio de 2007, o casal estava a jantar com um grupo de amigos no restaurante do resort Ocean's Club, na Praia da Luz, enquanto os três filhos dormiam no quarto, a poucos metros do espaço. Foi só quando Kate foi espreitar se os filhos continuavam o seu sono profundo que soaram os alarmes: na habitação, apenas se encontravam os filhos gémeos, sendo que a mais velha, Madeleine McCann, tinha desaparecido sem deixar rasto. Estava a nove dias de completar quatro anos e, apesar das diversas teorias do que poderia ter acontecido, esforços e buscas policiais, nunca viria a ser encontrada.
No passado sábado, dia 3, a família, que criou uma página oficial para Maddie, assinalou os 18 anos do seu desaparecimento, num mês particularmente duro para Kate e Gerry que, no entanto, fazem questão de recordar a sua filha mais velha e de manter viva a luta pela verdade. "Maio é também o mês de aniversário de Madeleine - este ano o seu 22º. Não importa quão perto ou longe esteja, ela continua a estar aqui connosco, todos os dias, mas especialmente no seu dia mais especial. Continuamos a celebrá-la como a pessoa muito querida e única que é. Temos saudades dela", escreveram os pais numa nota repleta de sentimento, publicada nas redes sociais, onde garantem que a busca por Maddie é um trabalho que nunca deixarão cair.
"Os anos estão a passar cada vez mais rápido e, ainda que não tenhamos notícias significativas para partilhar, a nossa determinação é não deixar uma única pedra por mover. E vamos fazer tudo o que seja possível para o conseguir".
Os pais de Maddie agradeceram ainda às muitas associações que continuam a procurar Maddie e outras tantas crianças desaparecidas, caminhando ao lado dos pais neste calvário.
As últimas notícias consideráveis no caso, recorde-se, remontam a 2023, altura em que as autoridades portuguesas, alemãs e britânicas fizeram buscas na barragem do Arade, na tentativa de encontrar quaisquer vestígios de Maddie. As buscas deveram-se ao facto de o local, a dezenas de quilómetros da Praia da Luz, ser frequentado por Christian Brueckner, o principal suspeito do rapto da criança inglesa. O suspeito, recorde-se, deixou o Algarve na sequência do incidente com Maddie, em 2003, e encontra-se atualmente a cumprir pena na Alemanha por violação a uma mulher.