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Óbito

Teve o mundo a seus pés, perdeu fortuna de 300 milhões e acabou isolado, sozinho com o seu cão. Morreu Alain Delon, o eterno ícone do cinema francês

Morreu sozinho, com o seu cão Loubo, companheiro fiel dos últimos anos. Alain Delon, o "samurai" do cinema francês, o último dos grandes galãs dos anos 50 e 60, partiu este domingo. França está em lágrimas. Brigitte Bardot, eterna parceira, está "devastada".
18 de agosto de 2024 às 16:03
Alain Delon
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Alain Delon

Foi um dos mais amados atores franceses de todos os tempos. Alain Delon, ícone do cinema europeu, morreu aos 88 anos, anunciaram hoje os seus três filhos, numa declaração conjunta à Agência France Press. "Alain Fabien, Anouchka, Anthony, assim como (o seu cão) Loubo, têm a profunda tristeza de anunciar a partida do seu pai. Faleceu pacificamente na sua casa em Douchy, rodeado pelos seus três filhos e pela sua família. (...) A família pede gentilmente que respeitem a sua privacidade neste momento de luto extremamente doloroso". 

Foi em Douchy, propriedade onde escolheu viver nos últimos anos, acompanhado por Loubo, que Delon partiu. Loubo foi o "o meu cão de fim de vida, que amo como a uma criança", chegou a afirmar em entrevista à publicação francesa Paris Match. 

Figura central em mais de cinco décadas de constantes transformações do cinema francês, Delon deixa um legado de 122 filmes, 88 dos quais como ator, dois como realizador e 32 como produtor, numa carreira ligada a realizadores como Jean-Pierre Melville ("O Círculo Vermelho", "O Silêncio de um Homem"), Luchino Visconti ("Rocco e os Seus Irmãos", "O Leopardo"), René Clément ("Em Pleno Sol") ou Louis Malle. Amado pelo público, chegou a receber o Urso de Honra no Festival de Cinema de Berlim em 1995 e o Prémio do Festival Internacional de Cinema de Berlim. Em maio de 2019, recebeu a Palma de Ouro honorária em Cannes.

Polémicas de fim de vida

Delon isolou-se nos últimos anos. Perdeu parte da sua fortuna que chegou a ser avaliada em 300 milhões de euros, entre gastos no setor das artes e imobiliário. No verão passado, Delon voltou a ser capa de revistas e jornais quando os seus três filhos - que agora deram nota da sua morte - apresentaram uma queixa contra a sua "dama de companhia", acusada por estes de "abusar" do pai e do que este lhe podia proporcionar.

Recorde-se que Delon sofria de vários problemas de saúde, no seguimento de um AVC, em 2019. O falecimento do também ator Jean-Paul Belmondo, seu amigo de toda a vida, em 2021, contribuiu para um cada vez maior isolamento, mantendo Alain Delon fechado em Douchy, rodeada de muros altos, ao lado do seu cão, tentando afastar-se o quanto podia das luzes da ribalta. 

Quem já se manifestou "devastada" foi Brigitte Bardot, colega de filmes e cúmplice de vida privada, também ela afastada há muito dos holofotes. Bardot chegou a qualificar Delon como "um irmão" e manteve-o sempre próximo das suas causas que envolviam a proteção dos animais. 

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