
A mãe do atual rei espanhol, Felipe VI, sofre em silêncio com os escândalos do marido que saiu do país para não ter de dar contas à Justiça. Mas o sofrimento não é maior do que aquele que marcaram os seus dias no palácio da Zarzuela.
O seu maior desgosto deu-se quando era anda muito jovem. Antes de conhecer Juan Carlos – embora o casamento tenho sido mais ou menos combinado entre as duas famílias reais, a grega e a espanhola –, Sofia esteve perdidamente apaixonada pelo atual rei da Noruega, Harald.
Mas o príncipe nórdico amava outra mulher: uma costureira plebeia, chamada Sonia (a atual rainha). Harald e Sonia viviam um romance secreto e, por isso, ele sempre resistiu à vontade familiar de ter de se casar com a grega. Ainda assim, Harald usou Sofia para poder estar com a sua amada. Iludia-a e ludibriou-a. Pode dizer-se que se aproveitou da devoção daquela que viria a ser a rainha de Espanha.
Sonia, a tal plebeia, perante a possibilidade de ficar sem o príncipe, fez sete tentativas de suicídio. Harald não resistiu e acabou por ficar com ela, a mulher que, de facto, amava e que desejava ter a ser lado.
Sofia foi posta de lado e sofreu com o facto de ter sido desprezada pelo seu primeiro grande amor. Isso marcou-lhe a vida e nunca mais foi feliz, mesmo quando casou com Juan Carlos, uma espécie de "prémio de consolação". Ao que parece, nenhum dos dois casou por amor. Foi mais um contrato de interesses. Um arranjo feito entre as duas casas reais: a de Espanha e a da Grécia.