"Quero agradecer ao povo americano a extraordinária honra de ter sido eleito vosso 47.º e 45.º presidente, e a cada cidadão, lutarei por vós, pela vossa família e pelo vosso futuro. Todos os dias, lutarei por vós e, com cada fôlego do meu corpo, não descansarei enquanto não tivermos conseguido criar a América forte, segura e próspera que os nossos filhos merecem e que vocês merecem." Foi com estas palavras que Donald Trump começou por assumir a vitória das eleições presidenciais perante os norte-americanos, durante a madrugada desta quarta-feira, em Palm Beach, na Florida.
Donald Trump é o próximo presidente dos Estados Unidos da América impondo uma derrota surpreendente a Kamala Harris e ao partido Democrata, que deverá perder o Senado, para além da presidência norte-americana. O magnata republicano reclamou uma "vitória política nunca antes vista" e prometeu "uma era dourada" para a América, quando subiu ao palco num resort de luxo ao lado da família e do senador JD Vance, futuro vice-presidente e uma das pessoas a quem Trump fez um agradecimento especial, a par do multimilionário Elon Musk, a quem chamou de "super génio" – recorde-se que Musk sorteou cheques de 1 milhão de dólares entre os eleitores, durante a campanha presidencial.
Depois de ter agradecido ao apoiantes, o candidato republicano agradeceu à sua mulher, Melania Trump, pelo seu apoio. "Também quero agradecer à minha bela mulher Melania, primeira-dama, que tem o livro mais vendido no país. Dá para acreditar? Ela trabalha arduamente para ajudar as pessoas. Por isso, só quero agradecer-lhe", declarou Trump durante o seu discurso em Palm Beach, na noite das eleições presidenciais.
Mas a parte mais surpreendente do discurso do futuro presidente dos Estados Unidos haveria de ser quando Trump se referiu à sogra, Amalija Knavs, falecida em janeiro deste ano. "Mas quero agradecer a toda a minha família, aos meus filhos fantásticos, e são crianças fantásticas, que todos nós pensamos nos nossos filhos. Toda a gente pensa que os filhos são fantásticos, mas isso é bom quando pensamos que o são. Mas o Don, o Eric, a Ivanka, a Tiffany, o Barron. Lara, Jared, Kimberly, Michael. Obrigada a todos. O meu sogro, Viktor, é tremendo e temos muitas saudades da mãe da Melania, Amalija, temos saudades da Amalija, não temos? Ela estaria muito feliz agora, neste palco, estaria muito orgulhosa. Era uma grande mulher, linda por dentro e por fora. Era uma grande mulher", sublinhou Trump nas primeiras palavras que dirigiu à nação como o próximo presidente norte-americano.
Cidadania norte-americana debaixo de polémica
Natural da Eslovénia, país saído da antiga República Federativa e Socialista da Jugoslávia, ou apenas Jugoslávia, que durante a Guerra Fria fez parte do bloco de países designado por 'Cortina de Ferro', aliado da antiga União Soviética, Amalija Knavs emigrou para os Estados Unidos juntamente com o marido, Viktor, depois do neto Barron – filho de Donald e Melania Trump – ter nascido, em 2006.
O casal obteve a cidadania norte-americana em agosto de 2018, quando Donald Trump era presidente dos Estados Unidos. O processo de obtenção do chamado 'green card', ou visto de residência permanente, do casal Knavs causou bastante polémica por ter sido concedido numa altura em que as leis do genro estavam cada vez mais apertadas.
Amalija Knavs morreu com 78 anos de idade, com a filha Melania Trump a anunciar "com profunda tristeza" a morte da mãe no início de 2024. "Amalija Knavs era uma mulher forte que sempre se comportou com graça, calor e dignidade", afirmou então a filha. "Ela era inteiramente dedicada ao seu marido, filhas, neto e genro. Sentiremos a sua falta para além de qualquer medida e continuaremos a honrar e a amar o seu legado", homenageou ainda Melania Trump na altura.
