
A vacinação contra a covid-19 das irmãs de Felipe VI de Espanha, as infantas Elena e Cristina, em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, está a dar muito que falar no país vizinho.
Este é apenas o mais recente escândalo a manchar o nome da família real espanhola. O rei já não sabe mais o que fazer para se desmarcar de toda a polémica e tentar salvar a monarquia. Em consequência da vacinação das irmãs, o monarca emitiu um comunicado garantindo que ele, a sua mulher Letizia, e as duas filhas, Leonor e Sofia, ainda não foram vacinados. Esperarão calmamente pela sua vez.
Um comunicado que não é mais do que uma tentativa (mais uma) de se desvincular da família problemática. A verdade é que este tem sido um fardo demasiado pesado para Felipe. É certo que foi educado para vir a ser o chefe de Estado de Espanha, mas nem nos seus piores sonhos terá imaginado um reinado tão difícil.
O preço que está a pagar para tentar salvar a coroa é demasiado alto. Desde 19 de junho de 2014, dia em que foi proclamado rei de Espanha, Felipe VI já perdeu grande parte da sua família (pai, cunhado, irmãos, sobrinhos, primos). Resta-lhe a mãe que se mantém indelevelmente a seu lado.
Também os amigos de outrora são cada vez menos (uns foram afastados por Letizia). Felipe é hoje um homem só, isolado e triste. O seu sacríficio é, de facto, muito grande.