
Tanto se tem falado da princesa Charlene nos últimos meses, mas o que está a acontecer verdadeiramente com a mulher de Alberto II do Mónaco apenas poucos - muito poucos - sabem. O verdadeiro estado da sul-africana tem sido um dos segredos mais bem guardados da realeza europeia.
Embora o príncipe monegasco tenha acedido a falar com a imprensa sobre a saúde da sua mulher, fica-se com a sensação que há muita coisa por revelar.
Assim sendo, o site da 'Tatler' elaborou um retrato da antiga atleta olímpica de forma a chegar-se à razão para tanto sofrimento.
Este trabalho jornalístico recua no tempo e começa por recordar os primeiros anos de Charlene no Mónaco e as suas primeiras palavras sobre o homem com quem viria a casar em 2011. "Senti dentro de mim que era o destino", disse a sul-africana um ano antes de subir ao altar.
Sobre Alberto disse tratar-se da "pessoa mais charmosa, a mais generosa" que ela havia conhecido: "Um ser excepcionalmente bom". E pormenorizou: "Ele é o homem com quem sempre sonhei". Ainda assim, e segundo a referida publicação, os primeiros anos no principado não foram nada fáceis.
Na altura, Charlene não tinha sido oficilamente assumida por Alberto, razão pela qual teve que se instalar num pequeno apartamento a poucos metros do palácio. Nessa época, sentiu-se só, sem ninguém que a apoiasse por perto e a solidão começou a deixar marcas.
Nascida no Zimbabué, criada na África do Sul e sem dominar o francês, Charlene é confrontada com um choque cultural: "As pessoas não entendiam a minha forma de pensar, nem o meu humor sul-africano", recordou mais tarde numa entrevista. Também não se revelou nada fácil fazer novas amizades.
Mas o pior foram os ciúmes e invejas de que foi alvo: "Claro que não fui poupada aos ciúmes e às invejas", admitiu para acrescentar: "Conheci pessoas maravilhosas desde que me mudei para cá, mas considero que, na melhor das hipóteses, são conhecidas. Existem apenas duas pessoas que posso considerar amigas. E, no final do dia, meus amigos são, regra geral, a minha família. A minha mãe e meus dois irmãos são os únicos amigos de que preciso e em que posso confiar". Estava casada há sete meses quando proferiu estas palavras.
Declarações que acabaram por não ser bem vistas pelos Grimaldi e que terá começado aí o afastamento definitivo. Charlene acabou por ficar sozinha e cada vez mais isolada da vida palaciana e do próprio principado. Começou a aparecer publicamente só quando era estritamente necessário, mas o papel decorativo nunca foi suficiente para a sul-africana que, ao poucos, foi mergulhando numa terrível depressão.