
Depois de tudo o que já vociferou contra os emigrantes que procuram uma nova vida nos Estados Unidos da América, das promessas de construção de muros e, particularmente, depois do polémico decreto anti-imigração de muçulmanos que assinou recentemente - e que tem causado uma onda generalizada de protestos - ninguém diria que Donald Trump só existe... graças à emigração.
Foi em 1912, na ilha de Lewis, na Escócia, que nasceu Mary Anne MacLeod, a mãe do controverso magnata. Oriunda de uma família numerosa de poucos recursos - o pai era pescador - aos 18 anos Mary Anne embarcou num navio e mudou de país, à procura de melhores condições de vida.
Mary Anne deu entrada nos EUA e começou uma nova vida, naturalizando-se cidadã norte-americana em 1942. Depois de trabalhar vários anos como empregada doméstica, Mary Anne conheceu Fred Trump, um empresário - também ele filho de emigrantes alemães - que viria a construir um império multimilionário no setor imobiliário.
Os dois casaram-se em 1936, o ano em que nasceu Maryanne, a primeira filha do casal. Em 1938 seguiu-se Fredrick Jr., em 1942, Elizabeth, em 1946, Donald - o atual presidente dos EUA - e, em 1948, Robert.
Ao longo dos anos, à medida que a fortuna do casal aumentava, Mary Anne e Fred tornaram-se figuras importantes da alta sociedade, frequentando as festas e os eventos sociais mais elitistas de Nova Iorque.
Mary Anne Trump morreu aos 88 anos, em 2000, um ano depois do marido.
Recordar também que 4 dos 5 filhos de Donald Trump são igualmente fruto da emigração, dada a tendência do atual presidente para casar com mulheres estrangeiras.
Ivana Zelnicková - a primeira mulher de Trump, e mãe de Donald Jr., Ivanka e Eric - emigrou da Checoslováquia para os EUA no final dos anos 70; Melania, a atual mulher de Trump - e mãe de Barron, o seu filho mais novo - emigrou da Eslovénia para os EUA em 1996.