A tragédia começou a tomar forma no passado dia 7 de agosto quando Carlos Goyanes sofreu um enfarte que conduziu à sua morte. O conhecido empresário espanhol, de 79 anos, estava a casa de férias da família em Marbella. Uma dor para os Lapique Goyanes que ainda estavam longe de adivinhar o que estava para vir.
Passados poucos dias também Tito Goyanes, irmão mais novo de Carlos, perdia a vida por um enfarte fulminante. A morte ocorreu 24 anos antes do maior e mais duro dos golpes: a partida de Caritina Goyanes. Cari, como era carinhosamente tratada no país inteiro, de 46 anos, era filha de Carlos e de Cari Lapique, uma aristocrata muito próxima dos Borbón, ou seja, da família real espanhola.
A mulher, que era presença assíduas nas revistas 'del corazón' de Espanha, ter-se-à sentido mal na missa pelo seu tio, mas não terá dado a devida importância. Mais tarde, já verdadeiramente indiposta terá sido conduzida ao hospital pelo marido, Antonio Matos, e de lá já não saiu com vida. Um enfarte, disseram os médicos. Caritina deixou dois filhos de 13 e 10 anos.
A mãe soube da morte da filha quando se encontrava em Palma de Maiorca, ilha que escolheu para descansar e recuperar da morte inesperada do marido. O seu suporte tem sido agora a sua filha mais nova, Carla. E foi Carla que escreveu uma carta muito emotiva à irmã morta. Há quem diga que nessa mensagem há um dardo lançado ao cunhado, pois poucos dias antes da sua morte, Caritina descobriu que Antonio Matos tinha um filho ilegítimo nascido fora do casamento. Notícia que a terá deixado muito abalada.
"'Não tenho palavras' é a frase que mais me disseram nestes dias. Eu também não, mas esta é a minha pequena homenagem para ti que eras única. Foste embora demasiado cedo e cheia de planos e esperança. Faltava-nos tanto por fazer. Todavia não acredito que não voltemos a falar, nem consolar, nem disfrutar mais da vida com os nossos filhos. Não haverá mais risos, mais discussões, mais danças, mais viagens, mais aniversários. Eras única e irrepetível, a mais generosa, divertida, com uma fé que sempre invejei e que te fez ser muito feliz nos últimos anos da tua vida. Não conheço ninguém com mais amigas do que tu, algumas como irmãs. Foste uma mãe dedicada, uma filha super atenciosa com os pais e embora sejamos totalmente diferentes, eras a melhor irmã que poderia ter. Há alguns dias dizias-me que não acreditava que tudo isso era por causa do pai e agora não consigo acreditar que foi por sua causa. Tenha a certeza que serei muito forte e que cuidarei dos teus filhos como se fossem meus, assim me permitam. Cuidarei da mãe da mãe por nós duas cuidarei do Matos porque sei o quanto tu o amavas. Verás os teus filhos crescerem desde o céu e terás muito orgulho neles. Descansa em paz, amo-te Cari", escreveu Carla Goyanes.
