
Paul Burrell, antigo mordomo da princesa Diana, revelou que está a lutar contra um cancro da próstata e mostra-se magoado com as farpas que o príncipe Harry lhe dirigiu no seu livro ‘Na Sombra’.
O homem que a princesa do povo descreveu como a sua "rocha" foi entrevistado esta segunda-feira, 30 de janeiro, no programa ‘Lorraine’, da ITV, e abriu o coração.
"Estava a embrulhar os presentes de Natal e estava a pensar ‘será que vou estar aqui no próximo Natal’? Fui aos Estados Unidos para dizer aos meus filhos e eles disseram-me que queriam estar mais tempo comigo", confessou Paul Barrell, que refere que o cancro o "derrubou".
Sobre a passagem na obra do príncipe Harry, Burrell admitiu a sua tristeza: "Porque é que ele me chamou de ‘mordomo da mamã’? Porque é que não veio ter comigo pessoalmente e disse que não estava feliz?", interrogou. "Eu sempre o defendi, sempre, e agora estou a pensar que ele perdeu o Norte. Houve uma mudança naquele homem. Não sei o porquê, mas entristece-me", rematou Paul Burrell.
Refira-se que o motivo da desavença entre o duque de Sussex e Paul Burrell foi um livro de memórias, ‘A Royal Duty’, lançado por este último em 2003, que mereceu um comunicado escrito em colaboração entre Harry e William, no qual adjectivaram a obra de uma "traição evidente e fria" à sua mãe. Em resposta, Paul Burrell explicou que a única intenção que tinha era a de "defender a princesa" e que não iria pedir desculpa pelo livro, com o qual estava "orgulhoso".
Já em ‘A Sombra’, Harry acusou: "O antigo mordomo da minha mãe tinha escrito um livro de revelações, que, na verdade, não dizia nada. Foi apenas uma versão dos eventos auto-justificativa e egocêntrica de um homem. A minha mãe uma vez chamou a este mordomo um amigo, confiou nele implicitamente. Nós também. E agora isto. Estava a aproveitar-se do desaparecimento dela por dinheiro", lamentou.
"Tudo o que podíamos fazer era uma condenação conjunta. E fizemo-lo. Ou eles fizeram. Não tive nada a ver com a escrita. (Pessoalmente, teria ido muito mais longe). Em tons comedidos, acusava o mordomo da sua traição e pedia publicamente uma reunião com ele para descortinar os seus motivos e explorar as suas chamadas revelações. O mordomo respondeu-nos publicamente, dizendo que aceitava uma reunião. Mas não para quaisquer propósitos construtivos. A um jornal, ele prometeu que nos ia dizer o que lhe passava pela cabeça. 'Ele' é que nos ia dizer a 'nós'? (…) Claro que [a reunião] não aconteceu. Não sei porquê, presumo que o Palácio a tenha cancelado", completou.