
Os últimos anos têm sido dramáticos para Felipe de Espanha. Um rei cabisbaixo e pressionado, que sofre em surdina e, talvez por isso, é, hoje em dia, um homem isolado e triste. As razões para este estado de espírito do monarca são muitas. Comecemos pelas mais óbvias. Os escândalos que têm manchado o nome da sua família e da monarquia, por arrasto, são a fonte maior do seu sofrimento, pois esses mesmos escândalos obrigaram-no a romper com aqueles que tanto ama: as duas irmãs, Elena e Cristina, e, especialmente, o pai.
Peleias e zangas pelas quais dá a cara, mas para as quais tem sido empurrado pela mulher, Letizia Ortiz. Sim, em nome de "salvar" a coroa, a ex-jornalista tem obrigado o rei a tomar medidas drásticas contra a família. Há quem diga que a mulher de Felipe VI aproveitou-se da conjuntura para se vingar dos Borbón usando o marido como joguete.
E tudo isto tem provocado um imenso desgaste no casamento dos reis de Espanha. Nunca correram tantos rumores de que Felipe e Letizia vivem uma séria e grave crise matrimonial. Para agravar tudo isso, vem agora a público que o rei sai quase todas as tardes do seu gabinete e sempre que a sua agenda o permite. Sai sem escolta e sem a mulher. Para onde vai? O que está na origem destas escapadas reais?, questionam muitos.
Afinal, já se sabe o que faz Felipe VI, sempre que "desaparece". O monarca visita a mãe, a rainha emérita Sofia, que ocupa uma das alas do palácio. Como a relação de Letizia com a sogra é quase inexistente e as mulheres fazem de tudo para não se cruzarem, o rei acabou por instituir a tradição de visitar a mãe quase todas as tardes. Os dois aproveitam aquele tempo a sós para conversar. Sabe-se agora que Felipe tem desabafado muito com Sofia. Ela é, neste momento, a sua única confidente.