
Morreu esta segunda-feira, aos 77 anos, o realizador italiano Bernardo Bertolucci, avançam os media italianos. "Poeta, documentarista, realizador, polemista, autor por excelência do cinema italiano, estrela do cinema internacional". Assim o descreve o jornal 'La Reppublica', lembrando uma carreira de décadas, que deixou marca indelével no cinema e não só.
Nascido em Parma, em 1940, começou por se destacar como poeta, mas a carreira no cinema despertou em 1961, quando foi assistente de realização de Pier Paolo Pasolini em 'Accatone' (1961). No ano seguinte, estreou-se como realizador com 'La Commare Secca', de 1962. A segunda obra, 'Antes da Revolução', chegou em 1964, e deu-lhe a primeira nomeação para o Oscar de melhor argumento.
A seguir dirigiu o conto de Jorge Luís Borges 'La Strategia del Ragno' (1970) e, ainda nesse ano, 'Il Conformista', baseado na obra de Alberto Moravia. Em 1972 realizou 'O Último Tango em Paris', filme que causou polémica um pouco por todo o mundo devido às cenas de sexo, com Marlon Brando e Maria Schneider como protagonistas. Foi nomeado para o Oscar de Melhor Realizador.
Bertolucci acabaria por vencer dois Oscares de Hollywood em 1987, com o filme 'O Último Imperador', que lhe deu os prémios de melhor argumento e melhor realizador e que acabaria por receber nove galardões.
Outro filme marcante do cineasta italiano tinha surgido 10 anos antes, em 1976, quando dirigiu o épico '1900', com um elenco de luxo que incluía Robert de Niro, Gérad Dépardieu, Donald Sutherland, Burt Lancaster, Sterling Hayden e Dominique Sanda.