
"Se tivesse tido a relação que está a insinuar, já não estaria cá, já que ele [Jacques de Bascher] morreu de sida. Era mais uma relação de pai e filho, dado que ele era muito mais novo do que eu. E isso é que era muito peculiar na nossa relação", revelou Karl Lagerfeld quando lhe perguntaram diretamente se tinha sendido amor pelo gigolô francês.
"Jacques de Bascher, em jovem, era o diabo feito homem com cara de Garbo. Era a pessoa que mais me divertia, era o meu oposto, impossível, odiosos... Era perfeito!", disse Lagerfeld a Marie Ottavi, a biógrafa do francês e que, apesar do amor que existia entre eles, jura nunca ter tido relações sexuais.
Muito discreto quanto à sua pessoal, Karl Lagerfeld nunca escondeu, contudo, a cumplicidade e ternura que sentia por Bascher, cujo amor também foi também disputado por Yves Saint Laurent. "Ele representava a elegância e a cultura francesa como ninguém", disse o Kaiser sobre o homem do qual foi inseparável durante 18 anos.
Quando Jacques Bascher adoeceu, foi Lagerfeld que cuidou pessoalmente do seu amado. E foi em sua homenagem que batizou como 'Vila Jako' uma mansão que comprou na zona de Hamburgo, na Alemanha, sua terra natal. Em 1998, o lançamento do perfume 'Jako' é outra prova de como nunca mais esqueceu Bascher.
Correm rumores de que Karl Lagerfeld terá deixado escrito uma última vontade: que misturem as suas cinzas com as da mãe, Elisabeth, e com as de Jacques Bascher, as duas pessoas mais importantes na sua vida. Se for cumprida esta vontade, os três ficaram juntos para toda a eternidade.