Leonor não tem escolha. O seu futuro estava desenhado desde o dia em que nasceu como filha primogénita dos reis de Espanha, Felipe VI e Letizia. Apenas poderia mudá-lo caso os seus pais tivessem tido um filho varão. Nesse caso, seria o irmão que seria rei, pois em Espanha ainda vigora a Lei Sálica. Quer isto que as mulheres têm direito a ascender ao trono, no entanto, os homens têm precedência sobre elas.
Mas quis o destino que Leonor não tivesse um irmão. Assim, cabe a ela herdar o trono espanhol quando o pai abdicar ou quando ele morrer. Significa isto que a princesa das Astúrias carrega sobre os seus jovens ombros a imensa responsabilidade de um dia ser rainha. Logo a formação militar não foi uma escolha sua. Foi uma obrigação que faz parte de todas as outras que terá que cumprir e assumir pelo seu estatuto de herdeira.
"As pessoas dizem 'ela tem tudo'. De facto, Leonor tem tudo menos a liberdade de escolher o seu futuro que é algo que a maioria das pessoas têm. A princesa é uma pessoa submissa, uma pessoa disciplinada, é uma pessoa que nunca levanta a voz", aponta a jornalista e especialista em assuntos da realeza, Pilar Eyre.
Pilar Eyre acrescenta ainda que é garantido que, no futuro, quando Leonor olhar para trás venha a considerar estes anos de formação militar, esta etapa, "como a melhor da sua vida". "É uma disciplina muito rigorosa" à qual a princesa não poderia escapar ou recusar... mesmo que quisesse. Não lhe é permitido escolher!
