
O Presidente brasileiro continua a acumular polémicas às sua volta. E parece escolher os encontros com os jornalistas para as tiradas mais impressionantes.
Foi (outra vez) durante um pequeno-almoço com a imprensa brasileira que Jair Bolsonaro deixou escapar novas declarações homofócas e misóginas. Até aqui nada de novo, já que Bolsonaro é assumidamente homofófico e defensor dos valores da família.
A novidade está em o Presidente da República brasileira querer que o país se transforme num destino turismo sexual desde que não se transforme em "um paraíso do turismo gay".
"Se querem vir cá e ter sexo com uma mulher, fiquem à vontade", convidou o Presidente. "Mas não podemos ficar conhecidos por ser um paraíso do turismo gay. O Brasil não pode ser um país do mundo gay. Nós temos famílias."
Como seria de esperar, as reações às declarações não se fizeram esperar, com vários defensores das minorias a condenaram as palavras de Bolsonaro – que já disse preferir ter um filho morto do que um filho homossexual. "Este homem não é chefe de Estado – é a desgraça nacional", acusou David Miranda, congressista de esquerda e ativista LGBT, que vês nas declarações do Presidente uma ameaça para a comunidade e uma exploração da mulher brasileira.
Através do Twitter, a antiga Secretária de Estado dos Direitos Humanos, Maria do Rosado – a quem Bolsonaro disse, em 2003, a célebre frase: "Nunca ia violá-la, porque não merece" – acusa igualmente o Presidente brasileiro de "oferecer" o país como um "bordel" e de disponibilizar as mulheres para "turismo sexual".