
A monarquia de Espanha não atravessa momentos fáceis. Os escândalos de corrupção e fuga ao fisco, além das variadíssimas amantes de Juan Carlos contribuíram bastante para o descrédito e perda de popularidade da família real espanhola.
Assim, há cronistas reais que consideram que a princesa Leonor - a chegar a rainha - terá um difícil e muito árduo até chegar ao trono. Embora os súbditos tenham um certo carinho pela princesa das Astúrias, são muitos os que no país vizinham consideram que a jovem não está (e não estará) à altura de tantas exigências e responsabilidades.
Há quem diga que esta imagem de fragilidade de Leonor é fruto do espírito controlador da rainha Letizia que não dá espaço à filha para que esta se mostre mais independente e menos manietada pela mãe. Pelas suas posições e importância no seio da família real, Leonor [tal como a sua irmã Sofia] deveriam ter um papel mais ativo junto da sociedade, tal como aconteceu no passado com o pai, o rei Felipe VI, e as tias, as infantas Elena e Cristina.
Esta falta de visibilidade - devido ao terror de Letizia em expor as filhas - dificulta bastante a confiança dos espanhóis em relação à herdeira do trono. Já foi referido, inclusivamente pela imprensa estrangeira, que a jovem mostra uma timidez pouco habitual para quem um dia herdará um trono.
A revista 'Semana' fez um inquérito em que se percebe uma coisa sobre a princesa Leonor: a maioria dos inquiridos considera que ela "não é suficiente". O estudo, em que participaram mais de mil pessoas de idades entre 18 e os 65 anos, põe em evidência que "os espanhóis pedem mais presença pública para a herdeira da Coroa" e que as suas aparições recentes "sabem a pouco para os espanhóis que gostariam de ver mais da futura rainha".