
A princesa Haya bint al-Hussein, que fugiu em maio do ano passado do seu palácio no Dubai, já pode respirar de alívio. De acordo com o 'Guardian', a justiça britânica deu razão à irmã do rei da Jordânia.
O tribunal concluiu que o poderoso emir do Dubai, Mohammed bin Rashid Al Maktoum, tentou raptar duas das suas filhas e orquestrou um esquema de "intimidação" a Haya, uma das suas seis mulheres.
As conclusões do tribunal chegam numa altura em que Haya pediu uma ordem de proteção ao Supremo Tribunal de Inglaterra, argumentando com os casos de "tortura constante" do poderoso emir do Dubai e atual primeiro-ministro e vice-presidente dos Emirados Árabes Unidos contra duas das suas filhas, Latifa, sequestrada em 2018 e forçada a voltar ao Dubai, e Shamsa, sequestrada em Cambridge em 2000, quando tinha apenas 19 anos.
Além da proteção, Haya venceu também a luta pela guarda total dos seus dois filhos, Jalila, de 12 anos, e de Zayed, com 8.
A decisão do tribunal levanta ainda outra polémica, a de uma possível crise diplomática, por ter considerado que as ações do líder do Dubai podem quebrar leis britânicas e internacionais.
Ao longo de todo o processo, o xeque Mohammed esteve no Dubai, tendo sido representado apenas pelo seu advogado. Já Haya esteve sempe presente.