
A equipa jurídica de Juan Carlos, que faz 83 anos na terça-feira, dia 5 de janeiro, propôs às Finanças de Espanha uma regularização de parte das suas alegadas dívidas fiscais, avança o jornal 'El País', numa grande inestigação. O 'La Semana' acrescentava que, na base da negociação, estava o desejo do monarca regressar a Madrid antes do Natal.
Em causa estão cerca de 500 mil euros, supostamente utilizados por Juan Carlos entre 2016 e 2018, através da conta de um amigo, um coronel da Força Aérea mexicana, Nicolas Murga Mendoza, para despesas de viagens, hotéis e restaurantes. A investigação da autoridade anti-corrupção começou recentemente, correndo por isso o risco de este valor ser maior.
Ao que parece, não chegaram a acordo e o rei emérito foi obrigado a passar o Natal longe da família e do seu país, onde passou a ser 'persona non grata'. Agora, vem a descoberto com quem é que o pai do rei Felipe VI passou esta quadra festiva.
O jornal 'El Español' garante que Juan Carlos não jantou sozinho na suite que ocupa no hotel de luxo 'Emirates Palace': "Tem muitos amigos espalhados pelo mundo. Em Abu Dhabi (capital dos Emirados Árabes Unidos) não só é íntimo da família real, como tem muitas pessoas com quem se dá. Um empresário de origem inglesa enviou a sua limousine ao hotel para que o rei emérito jantasse com ele e com a sua família. Conheceram-se em Londres e nas caçadas e safaris que Juan Carlos não dispensava", contou uma fonte.
Juan Carlos aceitou o convite, mas com uma condição: queria assistir à transmissão televisiva do discurso de Natal do seu filho. Assim, à meia-noite em Abu Dhabi [três horas menos em Madrid], o rei emérito estava em frente à televisão e deu-se conta que Felipe VI fez uma breve referência aos escândalos que afetam os Borbón: "Os príncipios morais e éticos estão acima das considerações pessoais e familiares."