Com quase 30 anos de vida em comum, José Castelo Branco e Betty Grafstein estão à beira de pôr fim ao casamento, num epílogo rodeado de polémicas com a acusação de violência doméstica, em maio, da norte-americana contra o marido, quando ainda estava internada num hospital particular em Cascais, a recuperar de alegadas agressões do socialite português.
A união do antigo marchand d'art com a joalheira norte-americana foi vivida entre a casa de Sintra e o apartamento de Nova Iorque, rodeados de joias, marcas de luxo, festas sumptuosas e outras mordomias, com muitos a questionarem o que é verdade e mentira na relação de José Castelo Branco e Betty Grafstein. Há quem veja na excentricidade do socialite português como uma fachada, criada para alimentar as histórias megalómanas na comunicação social e nos salões da alta sociedade.
Uma dessas histórias prende-se com o título de Lady, ostentado por Betty Grafstein, e que várias pessoas próximas do casal colocam em causa. De acordo com o fotógrafo e cronista social Abel Dias, que conheceu Betty Grafstein numa altura em que o destino da americana ainda não se tinha cruzado com o de José Castelo Branco, nessa época "não havia Lady nenhuma". "A Lady nasceu com o Castelo Branco", revelou há umas semanas em declarações à TV Guia. De acordo com Abel, o título de Lady teria-lhe sido atribuído pelo consultor diplomático irlandês Anthony Bailey, de quem Betty se tornou amiga pessoal e não pela realeza britânica, pelo facto de a avó ter sido dama de companhia da rainha Mary, algo que nunca se conseguiu comprovar.
O nome de Anthony Bailey volta agora a ser mencionado – sem se perceber muito bem se de forma intencional – por Lili Caneças. Em entrevista à 'Caras', a socialite de Cascais revelou a sua ligação próxima ao irlandês a quem se atribui a responsabilidade do título de 'Dama' a Betty Grafstein.
É quando questionada sobre o verão que Lili faz a confidência. "Tenho um grande amigo, o Anthony Bailey, que vive em Palm Beach, e pensei ir até lá. Ele tem conexões fantásticas com pessoas maravilhosas, e os americanos tratam as mulher que nem rainhas. Estão sempre a perguntar se estamos bem. Por acaso, nunca me apaixonei por um americano, quem sabe, nesta altura da minha vida, não arranjarei alguém para me fazer companhia. Para jantar fora e viajar, não necessariamente para namorar", atirou Lili Caneças.
É de recordar que Lili Caneças e José Castelo Branco já foram bastante próximos. Os dois foram das primeiras grandes personagens a ganharem destaque no panorama social português. Nos anos 90, era nas festas e eventos culturais que as figuras públicas começavam a despontar, aparecendo, posteriormente, nas revistas cor-de-rosa, que funcionavam como uma montra do estrelato.
E foi nesse cenário que José Castelo Branco e Lili Caneças travaram amizade, no início da década de 90, ao ponto de se tornarem inseparáveis. Os dois aproximaram-se quando o marchand d'art começou o desafio de abrir a galeria Escada Quatro, em Cascais, e Lili lhe deu a mãe para o introduzir na alta roda do social. Desde então, a cumplicidade cresceu e passaram a ser vistos sempre juntos. "Éramos duas almas gémeas, irmãos de sangue, amiga do peito, uma amizade cega sem cariz sexual", admitiu o socialite no livro 'Toda a Verdade'.
Agora, essa amizade parece estar destruída, com Lili Caneças a manter distância do antigo confidente. A socialite disse em entrevista que não falava com Castelo Branco há 30 anos depois de ter estado no batizado da neta em abril. "Agora não fala comigo há 30 anos, está doida?. Então ela esteve em minha casa e teve aqui e ali, foi à festa aqui e ali, está sempre connosco", desmentiu o antigo marchand d'art.
