
Nuno Santos não tem tido a vida fácil desde que o acionista Mário Ferreira convenceu Cristina Ferreira a regressar à TVI. O acionista minoritário da Media Capital, mas que mostra ter muito poder nas decisões do canal, prometeu um lugar de chefia à apresentadora, que a partir de 1 de setembro é, oficialmente, diretora de Entretenimento e Ficção, Cristina Ferreira, com poderes alargados na grelha e na escolha que quem vai para o ar.
Mas o organograma revelado pela TVI mostra que, pelo menos no papel, Nuno Santos é o maestro de tudo, ocupando o cargo de diretor geral da TVI, controlando as aéreas da informação e da programação. O seu braço direito é Hugo Andrade, que se mudou da RTP para a TVI a convite de Santos: vai ser diretor-geral adjunto.
Cristina está ao mesmo nível que o novo diretor de informação, Anselmo Crespo, ou Filipe Terruta, antigo diretor criativo que assume a nova pasta de Inovação.
"É um modelo orientado para a produção de conteúdos informativos e de entretenimento e para a forma como os distribuímos. Esse é o foco da nossa actividade", afirma Nuno Santos. "O tempo é de simplificar e reorganizar. Melhorar processos e fluxos de trabalho. Todos fazemos parte da mudança." E reforça que há "centralização da decisão, sustentada num robusto controlo orçamental" mas que os diretores, entre eles Cristina Ferreira, têm "autonomia, iniciativa e poder efectivo".
E reforça que há "centralização da decisão, sustentada num robusto controlo orçamental" mas que os diretores, entre eles Cristina Ferreira, têm "autonomia, iniciativa e poder efectivo".
A ERC está, recorde-se, a apurar a estrutura acionista da Media Capital, uma investigação que surge depois das mudanças ocorridas após Mário Ferreira ter comprado 30 % das ações da Media Capital.