Rita Ferro Rodrigues deixou a SIC há seis anos, em 2018, depois de quase duas décadas a trabalhar na estação de Paço de Arcos. A comunicadora de 48 anos regressou ao canal na manhã desta quarta-feira, 23, ao 'Casa Feliz', para conversar com João Baião. Nos últimos anos, Rita Ferro Rodrigues tem estado a trabalhar com a Federação Portuguesa de Futebol, para o Canal 11, e tem um novo projeto a caminho.
Durante a conversa com o apresentador das manhãs, com quem já fez parceria no pequeno ecrã, Rita Ferro Rodrigues acabou por dasabafar o que a levou a deixar a SIC. “Daquilo que fiz não tenho muita saudade, tenho saudades das pessoas. Eu fui muito feliz a fazer televisão aqui e depois quando as coisas que me apeteciam fazer acabou, saí, e tem sido sempre assim na minha vida”, sublinhou.
“Não quero estar aqui a cuspir no prato onde comi, que é coisa que eu nunca faço. Claramente, eu tive uma altura em que era muito feliz a fazer televisão e deixei de ser e também tem a ver, sem dúvida nenhuma, com algumas das propostas que eram feitas e com os formatos, que já não me apetecia fazer. Não quer dizer que eu não adore fazer televisão, tem a ver com tentarmos ser felizes e até crescermos, evoluirmos e conhecermos outras dimensões nossas, fazendo outras coisas”, justificou.
Há pouco mais de um ano, Rita Ferro Rodrigues já tinha avançado que saiu porque não estava feliz com a forma como se estava a fazer televisão no day time. "Já não me estava a dar prazer fazer o que estava a fazer, a televisão estava a mudar muito nessa altura (…) foi no pico das chamadas de valor acrescentado, eu odiava fazer aquilo. Fazia-o com honestidade e tentava ser o mais sincera possível com as pessoas, mas... Estava horas no ar e imaginava a minha avó em casa a ligar. Para mim era de uma violência enorme", confessou no podcast 'N'a Caravana'.
"Os conteúdos dos programas de daytime, quando comecei a fazer, eram muito mais interessantes. O Francisco Menezes, um dos meus parceiros nessas alturas, dizia que éramos 'descascadores de almas'. Com 20 anos eu conseguia desligar-me e ir para casa, mas com 40 já não conseguia e sentia que havia uma 'vampirização' da vida das pessoas e que eu não estava a ser correta. Houve uma série de questões de consciência", lamentou ainda nma altura.
