
Acusado da morte do triatleta Luís Grilo, em coautoria com a mulher da vítima, Rosa Grilo, com quem mantinha uma relação amorosa, António Félix Joaquim saiu em liberdade na sexta-feira, 6, com a alteração da medida de coação decidida pelo coletivo de juízes que está a julgar o processo no tribunal de Loures. O funcionário judicial está em casa de familiares na região do Ribatejo. A ex-mulher, Fernanda, e os filhos, foram e são o seu grande apoio. Poucos dias depois de ter deixado a prisão, António Joaquim deu a sua primeira entrevista, desde que rebentou o caso. O interlocutor foi Hernâni Carvalho.
Em liberdade, o "amante de Rosa Grilo" não encontra descanso. As noites são passadas a pensar em tudo por que passou. "Com a sorte que tenho, ainda me vêm buscar outra vez", refere, ansioso, ao jornalista. "É o que penso até altas horas da noite. Desde que fui libertado só adormeço por volta das quatro da manhã. Penso em tudo em todo este tempo em que estive preso. Não me arrependo de nada do que fiz. Porque nada fiz!", declara António Joaquim na entrevista a Hernâni Carvalho. Alegando inocência, o arguido não esconde a mágoa: "Sinto uma grande revolta contra muitos. Não tenho de ser preso porque alguém não fez o trabalho. Investigassem!"