
Esta é a primeira visita de Caitlyn Jenner, de 68 anos, a Portugal. A ex-atleta olímpica marcou presença na conferência internacional de tecnologia, Web Summit, em Lisboa para contar a sua história de vida e da evolução da marca dos Jogos Olímpicos ao lado de Allison Wagner e George Papandreou, o ex-primeiro-ministro da Grécia.
Para responder à questão "Podemos realmente definir género?", a embaixadora da comunidade transgénero recordou a sua história de vida e abriu o coração perante milhares de mulheres, respondendo-lhes com outra questão: "Quando perceberam que eram mulheres?"
"É algo dado como garantido", começou por dizer, "Mas no caso dos transgéneros isso afeta a mente 24 horas por dia, 365 dias por ano. É por isso que a transição não tem nada a ver com sexualidade, tem a ver com identidade", explicou.
Caitlyn Jenner recordou os momentos difíceis que passou para encontrar o verdadeiro "eu" que estava dentro de si e como, finalmente, conseguiu partilhar com a família a tranformação por que ia passar: "A primeira coisa que tive de fazer foi falar com a minha família. Quando se passa por algo assim não se trata apenas da nossa transição, da mudança drástica em que vamos entrar: a nossa família também passa por tudo isso", explicou, emocionada. Este foi o primeiro passo para se aceitar. No entanto, mais tarde, procurou respostas em Deus. "Talvez Deus tenha uma razão para isto’ ou ‘Talvez, neste momento da minha vida, esta seja a coisa certa a fazer", são os sentimentos que se lembra de nutrir. Ainda na pele de Bruce Jenner e habituada a dar palestras há mais de quarenta anos, a transgénero confessa agora que sentia que estava a enganar o público com os seus discursos e com a sua postura e pensava: "Vocês não me conhecem. Eu não quero ser reconhecida por aquelas horas dos Jogos Olímpicos de 1976. Sentia-me uma fraude porque não estava realmente a contar a minha história. Era assim a minha vida, até de finalmente decidi que era tempo de mostrar o meu "eu" autêntico. Agora, finalmente, debaixo desta saia tenho mesmo um soutien. Não tenho mais segredos."
Este foi o primeiro passo para se aceitar. No entanto, mais tarde, procurou respostas em Deus. "Talvez Deus tenha uma razão para isto’ ou ‘Talvez, neste momento da minha vida, esta seja a coisa certa a fazer", são os sentimentos que se lembra de nutrir. Ainda na pele de Bruce Jenner e habituada a dar palestras há mais de quarenta anos, a transgénero confessa agora que sentia que estava a enganar o público com os seus discursos e com a sua postura e pensava: "Vocês não me conhecem. Eu não quero ser reconhecida por aquelas horas dos Jogos Olímpicos de 1976. Sentia-me uma fraude porque não estava realmente a contar a minha história. Era assim a minha vida, até de finalmente decidi que era tempo de mostrar o meu "eu" autêntico. Agora, finalmente, debaixo desta saia tenho mesmo um soutien. Não tenho mais segredos."