
O novo herói nacional da natação chegou hoje a Portugal depois de conquistar duas medalhas de ouro no campeonato do mundo. Diogo Rodrigues prestou homenagem ao pai, que morreu cedo demais, quando tinha apenas 44 anos, e que não pode ver o filho a chegar ao topo da modalidade.
Aliás, foi por causa da morte do progenitor que Diogo começou a nadar. A mãe achou por bem que este desporto podia dar força ao filho.
E à chegada ao aeroporto, tinha os jornalistas à espera. "Dedicatória? Sobretudo ao meu pai, que morreu com 44 anos. Tenho falado muito com ele durante a noite. Estava muito nervoso, falei com ele… A dizer que vou fazer as coisas por ele e acho que ele me manda força para eu ganhar as provas. Sentir que a minha família também está lá também é muito importante", disse o nadador.
Agora, os olhos estão postos nos Jogos Olímpicos: "Para mim sempre foi um sonho chegar lá, agora o sonho continua a ser conseguir uma medalha. Nunca vai deixar de ser um sonho, mesmo estando numa final. Aí, pode passar é a ser mais um objetivo. Não nos podemos precipitar, não são só estas medalhas que vão ditar o futuro. Tenho de continuar a trabalhar e a ser humilde, que sou. Cada vez que ganho uma medalha não deixo de trabalhar e vai ser assim sempre, enquanto não chegar uma medalha olímpica não vou deixar de trabalhar", assegurou.
Diogo já tem destino para as duas medalhas de ouro que conquistou: "Normalmente emolduro as medalhas e depois ponho em cima da minha cama em casa, em Coimbra", revelou.
Este campeonato do mundo, onde venceu dois títulos mostram a força deste atleta, que perdeu o pai muito cedo e que sofreu um grave acidente de mota. "Quando fui passando por situações como as que passei, até o acidente, isso foi dando mais força para me reerguer outra vez e lutar contra tudo", assegura.
Dentro de fora de água, Diogo mostra a fibra de que é feito um campeão.